Muito se fala sobre transformação digital e existe um motivo para isso: a adoção de recursos tecnológicos para otimizar a rotina de uma empresa pode ser a solução para problemas antigos que afligem negócios de diferentes tamanhos. Segundo o consultor do Sebrae-SP Fabio Zoppi, muita gente acha que a prática se limita ao desenvolvimento de aplicativos e blogs corporativos, mas não é bem assim. “A transformação digital traz mudanças estruturais na base administrativa da empresa.”
A transformação digital é um dos assuntos abordados durante a Feira do Empreendedor, evento que será realizado entre 5 e 8 de outubro em São Paulo. A entrada é grátis. Faça a sua inscrição aqui.
Um bom exemplo usado pelo especialista foi o case do Magazine Luiza, que começou a usar tecnologias como a inteligência artificial em pontos vitais de sua operação, como o marketing.
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Além disso, a empresa – assim como diversos negócios do setor varejista – apostou em uma presença forte nos ambientes digitais para continuar faturando.
Para Zoppi, além de promover um serviço mais personalizado e rápida, tais práticas ajudam a empresa a cortar custos.
Mais que uma oportunidade de aumentar a produtividade, a transformação digital também permite a exploração de novos mercados – em especial pelas startups. Devido ao seu tamanho enxuto e maior agilidade, esses negócios se destacam como vetores para promover soluções para outras empresas.
Bom para as empresas, bom para a sociedade
No caso das grandes empresas, por exemplo, a ideia é, que em vez de criar um novo departamento para desenvolver essa solução, a companhia se alie a uma startup para realizar o trabalho.
Além de contar com uma mão-de-obra consolidada e especializada para tocar o projeto, esses negócios têm a vantagem de delegar os riscos de tal empreitada para as startups.
Também existem benefícios no âmbito econômico. Essa relação tira o mercado do eixo de commodities e estimula os negócios a produzirem ativos de maior valor agregado, conta o especialista. “É um impacto econômico e cultural. A transformação digital faz bem para a sociedade”, diz Zoppi.
Mas, apesar de promissora, a transformação digital ainda precisa enfrentar alguns desafios em solo brasileiro.
No caso das startups, o primeiro passo é estabelecer governança corporativa. Zoppi conta que, devido à cultura de flexibilidade que permeia esses negócios, às vezes é difícil convencer os empreendedores da necessidade da governança, que pode ser considerada uma burocracia. Com a governança, a empresa madura obtém um canal para estabelecer um relacionamento comercial com a startup.
O empreendedor não está sozinho
Fábio Zoppi conta que, quando se trata da transformação digital, ele está otimista em relação ao futuro. Segundo ele, para embarcar nessa tendência, é necessário um capital intelectual diferenciado – coisa que já estaria consolidada no ecossistema brasileiro.
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Agora, o desafio é colocar todo esse conhecimento em prática – e as startups não estão sozinhas nessa empreitada. O Sebrae-SP, por exemplo, possui seis programas de apoio para novos negócios com potencial de escala. Atualmente, mais de 600 projetos são apoiados pela instituição no estado de São Paulo.
O espaço de startups, que será montado pelo Sebrae-SP na Feira do Empreendedor 2019, também deve ajudar o empreendedor a se aprofundar nesse tema. Para isso, empresas maduras e startups foram convidadas para realizar palestras e mediar debates durante o evento. Dentre os tópicos abordados estarão a mudança de mindset, o futuro da música e entretenimento, dentre outros.
Fonte: “Pequenas Empresas, Grandes Negócios”