O cientista político e especialista do Instituto Millenium, Alexandre Barros, comentou o projeto “uniforme inteligente”, recentemente implementado no sistema municipal de educação pela prefeitura de Vitória da Conquista, interior da Bahia.
Os alunos estão recebendo camisetas com um chip que monitora o fluxo dos estudantes nas instituições ecolares. Os chips, identificados por sensores na entrada das instituições, avisam aos pais por SMS o momento em que os filhos entram e deixam a escola. Após atraso de 20 minutos, os pais recebem uma mensagem de texto com a frase: “Seu filho ainda não chegou na escola”. A inclusão de todos os 42.725 alunos da rede municipal no projeto está prevista para até 2013. O investimento total foi de R$ 1,2 milhão.
Alexandre Barros acredita que a medida é invasiva e pode causar problemas futuros para a sociedade: “É uma absoluta invasão da privacidade e uma privação da liberdade individual. Se essa moda pega, cria-se uma geração inteira que acha normal a monitoração do Estado o tempo todo, como já se vê nas ruas. Você pode me dizer que o facebook não tem privacidade, mas você tem o direito de não usá-lo. No entanto, não se pode deixar de ir a escola ou sair de casa”, afirmou.
O especialista acredita que o Estado está confundindo seu papel ao implementar o projeto: “É dever da escola entrar em contato com os pais quando há ausência contínua dos estudantes. O que está acontecendo é um controle maluco. Daqui a pouco as empresas implementam a ideia e seu chefe vai saber o minuto em que você levantou e foi ao banheiro”, ironizou.
Não vejo dessa forma. A saúde, a educação e o bem-estar das crianças é responsabilidade dos pais. O Estado está oferencendo um serviço que ajuda os pais a monitorá-las. Se esse serviço vai ser mal utilizado é outra questão. Uma coisa é o controle de crianças que são seres frágeis necessitados de proteção e orientação. Outra bem diferente é o controle de adultos. Aqui na minha cidade, o efetivo da Guarda municipal tem os seu movimentos rastreados por gps, o que impede que eles usem o tempo de serviço e o veículo em atividades particulares.
Na verdade, hoje as grandes empresas já sabem quando o funcionário sai da área dele para ir à copa (tomar um cafezinho) ou ao banheiro (lavar o rosto)… Na maioria dos escritórios, hoje largamente automatizados, temos que passar o crachá para abrir a porta que nos dará acesso a elevadores e áreas comuns. Ou seja, a empresa sabe quando, quantas vezes e por quanto tempo ficamos fora do nosso “cubículo”. Isso já é fato.
Hoje temos “explicações” para essa vigilância camuflada em diversos termos muito comuns: “segurança patrimonial”, “controle de acesso”, “automação de escritórios” e por aí vai.
E, como se não bastasse, você ainda tem um celular com geolocalização (GPS) que diz onde você está todo o tempo. Bem-vindos ao futuro, bem-vindos à 1984.
As pessoas tem pelo Estado uma veneração mística capaz de fazer milagres. Sequer desconfiam que ele é constituido de individuos que detem o controle de seu comando. São indivíduos do tipo Sarney, Demósteno, Jader Barbalho, Maluf e etc. que na verdade comandam o Estado, e não anjos alados, cheios de bondades e boas intenções. Quanto mais poder se entrega ao Estado, mais poder está entregando a estes individuos. Um belo momento as pessoas reclamam destes politicos que exorbitam de suas funções e acham que uma coisaq não tem nada a haver com a outra. Um outro dado é que as instituições do Estado não só mudam de mãos como de orientação ideológica. A orientação refletida éa a sacramentada pelo socialismo que promete leite, mel, ordem e progresso, mas entrega a escassez, a miséria, a desordem, o atraso e de quebra rouba a liberdade. Aí mais uma vez o cidadão vai reclamar e novamente não vê nemhuma relação deste estado de coisa, a ideologia dominante e os seus atos. É de arrepiar.
Alves:
Já é um perigo com as grandes empresas, sim (não estou defendendo), mas “meno male”, porque V. pode optar por trabalhar em outras que não usem esse sistema; entretanto, é muito pior quando o Estado exerce esse controle.
Onde eu já vi esse caso?
Humm,deixe-me pensar mais um pouquinho….
Lembrei.Algo parecido a isso acontece no livro ”1984”,de George Orwell. O Grande Irmão do PT ainda instalará monitores em nossas residências,para ter o conhecimento necessário de nossas ideias,costumes etc..
Um livro que ainda vai inspirar um bocado de petistas no futuro.
Acho que devia colocar nos pais pois eles quase sempre é q não dão cuidados aos filhos e os filhos ficam sem educação
O papel domgoverno e prover acesso a Educacao, o dever dos pais e colocar o filho na escola e acompanharo seu desempenho e o dever do aluno e ir para a escola (criança nao tem apenas direitos).
A solução e boa pois hoje, diferente de 30 anos atras os pais e mães nao conseguem conciliar o tempo para acompanhar a vida escolar das crianças.
E hoje as crianças estao mais expostas, ate pela quantidade de informação e pela fragilizacao dos valores morais e familiares que uma solução que se comunica com os pais informando a freqüência e atividades dos filhos na escola e bem vinda.
Filósofos e muitos pedagogos atribuem o uso da tecnologia como algo prejudicial para a formação das crianças, pois neste caso, a mesma esta substituindo a corabgem do filho em entregar uma nota baixa ou uma advertência. Eu diria que a Internet já faz bem pior quando entrega para os alunos, sem que tenham o mínimo esforço, o que antes passávamos horas pesquisando e interpretando.
Em detrimento às opniões, devemos nos prender aos fatos… lugar de criança é na escola e se ela não comparece é dever da escola informar aos pais. O monitoramento aparece como ferramenta eficiente para gerar tal informação, visto que, toda criança segue uniformizada até a escola. Outros dados, tais como comportamento, notas, convites para reuniões podem ser disseminados via sms a partir da leitura do chip do uniforme. Apoio e adoraria que essa moda pegasse no país inteiro, incluindo aí as escolas do fundamental maior e do ensino médio. Parabéns ao prefeito dessa cidade (que pesquisei na internet e tem se desenvolvido muito após a entrada desse prefeito) pela iniciativa!
Melhor não saber quando o filho falta à escola e vai pro beco fumar, se drogar ou se prostituir… o que os olhos não vêem o coração não sente né?
São estes defensores da “liberdade”, como seu Alexandre, que tornaram o Brasil este paraiso da impunidade.
Parto do principio de que se não estou fazendo nada de errado, não vou me preocupar se estou sendo monitorado.
Ok, Vanderborg, “quem não deve, não teme”, já bem diz o dito popular;
Mas… porque devo prestar contas ao Estado se estou na casa de minha namorada ou hum happy hour com colegas de trabalho; se estou fazendo meu cooper matinal ou se resolvi esticar em casa até mais tarde?
Isso é um assunto privado meu e se eu não quiser dar satisfação, devo/deveria ter o direito, mesmo não estando fazendo nada errado.
Absolutamente medonho! Não, em hipótese alguma! Por melhor que sejam as intenções (e sabemos bem como o ditado popular termina…), a privacidade do indivíduo livre é um princípio absolutamente sagrado! Monitoramento individual, seja pelo Estado, pelas empresas, por quem quer que seja é uma monstruosidade. Há várias formas, lícitas, de se controlar, de forma limitada, o acesso e movimentação das pessoas, por meio de câmeras e crachás por exemplo, em que o controle se limita a um espaço determinado onde a “entidade” monitoradora possui “jurisdição” legal. Ao colocar chips nos indivíduos, há um potencial de controle indiscriminado,o que é e deve ser, inaceitável! Cada indivíduo é resposável pelos seus atos e sua consciência e não cabe tutela de quem quer que seja.
Guilherme Menezes é prefeito de Vitória da Conquista pela terceira vez e se partido elegeu os cinco últimos prefeitos da cidade, série aberta por GM em 1997. A medida, pelo que li, é apoiada pela população local. Toda tecnologia pode ser utilizada para fins positivos e negativos – a fissão do átomo está aí para evidenciar isso. A questão é criarem-se mecanismos de controle público que limitem a liberdade do estado.
Ainda bem que temos um Alexandre Barros pra defenestrar esta ideia maluca, que está vindo por aí!
Se o futuro é o controle absoluto da nossa liberdade, sob o disfarce da segurança, quero deixar bem claro, que sou contra toda e qualquer invasão de privacidade.
Já chega as câmaras de vigilância que são um inferno!
Chega de copiar o romance 1984!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Onde iremos parar desta forma? É chip em carro, chip em criança,chip em cartão de saque, chip em telefone, chip em pacote de chips… Qualquer um com meio conhecimento em informática e sistemas de segurança eletrônicos acha qualquer pessoa! Época boa pra ser sequestrador, espião e assassino sob contrato!