De umas semanas para cá o mundo vem vivendo o que um professor de Relações Internacionais falou na primeira semana de aula: “turma, os países não tem amigos, têm interesses!”
Muitas vezes vivemos iludidos que países são próximo devido amizade entre seus líderes ou por causa da ideologia que permeia àquela gestão.
Temos dois claros exemplos do que falo e bem antagônicos.
Desde que o presidente Bolsonaro foi eleito, ele vem buscando uma maior e real aproximação com o líder norte americano, Donald Trump, além de países como Israel. Tudo devido às ideologias próximas entre ambos.
Do outro lado nossa vizinha Venezuela e sua estreita relação com a Rússia e China, além de países menores porém estratégicos.
E o que temos em comum nessas relações? Que independentemente de ideologia, e amizades “pessoais”, tudo não passa de interesses.
+ Leia outros artigos de Pedro Rafael
Recentemente o Consórcio Nordeste comprou vários respiradores, para ajudar na luta ao COVID-19 e ficaram detidos nos Estados Unidos, escala anterior para chegar no Brasil.
No caso venezuelano o interesse que paira por ali já é algo da geoestratégia dos países aliados. É de conhecimento as tensas relações russas x norte-americanas. Com a chegada de Hugo Chavez, em 1999, a Rússia encontrou um novo aliado para enfrentar os Estados Unidos. Nesses mais de 20 anos de comunismo venezuelano, quantos milhões de dólares a Venezuela já não pagou aos russos, em troca de inteligência, força bélica etc? Mais de 3,7 bilhões de dólares. E com a China, igualmente, ter uma ponte direta na América Latina, região alvo de enormes investimentos, na última década principalmente.
Estamos num momento fundamental para as diplomacias governamentais entrarem em ação. São eles que nos representam mundo afora e no pós-COVID19 será fundamental que tenhamos o máximo de mercado aberto para que possamos escoar todos nossos produtos. Assim aproveito para parabenizar nossos diplomatas, que são considerados entre os melhores do mundo, pelo Dia do Diplomata, celebrado esta semana, e espero que nosso futuro Chanceler não seja escolhido por ter escrito um artigo.