O Governo conseguiu uma redução de R$ 21,3 bilhões nas despesas públicas. O resultado ficou muito aquém da proposta elaborada em março pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, que havia anunciado uma economia de R$ 50 bilhões para este ano. Os investimentos em benefícios previdenciários e no seguro-desemprego tiveram aumento superior a R$ 5 bilhões de reais, contrariando as previsões de arrocho fiscal. O Ministério do Planejamento afirmou, em nota, “o mercado de trabalho brasileiro está passando por um importante trabalho de formalização, que provoca um aumento dos contribuintes com a previdência, mas, também, eleva o numero de seguro desemprego.
Já o setor de investimentos registrou uma queda considerável em suas despesas, até novembro, foram gastos apenas R$ 38,7 bilhões, dos 50 bilhões previstos para o ano. Isso provocou a estagnação da economia brasileira no terceiro trimestre. Os gastos relativos ao Programa de Acelaração do Crescimento (PAC 2), que somaram 21,6 bilhões, não são computados no setor de investimentos.
Apesar de não ter conseguido conter as despesas, o governo acumulou um superávit nas contas públicas, equivalente a 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB), devido ao forte crescimento da arrecadação. A expectativa inicial era que a arrecadação ficasse R$ 18 bilhões abaixo da lei orçamentária, mas até novembro já haviam sido arrecadados 21,7 bilhões.
Para o economista André Perfeito, da Gradual Corretora, os gastos com custeio da máquina pública terão maior evidência no próximo ano. “Este ano, o crescimento da arrecadação mascarou a incapacidade do governo de cortar na própria carne, mas, em 2012, isso se tornara evidente.”
Fonte: O Globo
No Comment! Be the first one.