Venezuela foi formalmente suspensa do Mercosul após as ameaças feitas nas últimas semanas pelos demais países-membros do bloco econômico.
Apesar de não ter sido feito um anúncio oficial, fontes das chancelarias de Brasil, Paraguai e Buenos Aires confirmaram a informação à diversos veículos de imprensa. É esperado que ainda nesta sexta-feira (2) seja oficializada a notícia.
A suspensão de Caracas tem como base a falta de aprovação de 112 resoluções e quase 300 parâmetros solicitados como base para entrar no Mercosul. A presidência interina do bloco havia dado um ultimato ao presidente Nicolás Maduro para ajustar-se a isso até o dia 1º de dezembro.
Maduro, por sua vez, acusa Brasil, Argentina e Paraguai de querem dar “um golpe” de direita no bloco sul-americano e disse ser alvo de perseguição dos outros países-membros. O mandatário chegou até a convocar os sindicatos e a população venezuelana para “defender” o Mercosul.
Venezuela não reconhece expulsão
O governo venezuelano advertiu nesta sexta-feira que não admite a decisão dos quatro países sócios do Mercosul de suspender seus direitos como Estado membro e afirmou que seguirá participando em todas as reuniões do grupo.
“A Venezuela não reconhece este ato írrito sustentado na Lei da Selva de alguns funcionários que estão destruindo o Mercosul”, escreveu a chanceler Delcy Rodríguez em sua conta do Twitter.
A suspensão da Venezuela do Mercosul está prestes a acontecer. A carta que comunica a perda dos direitos do país, à qual O GLOBO teve acesso na quinta-feira, já foi assinada pelos quatro ministros das relações exteriores (Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai) e selará o desligamento da nação. O argumento é que a Venezuela deixou de as normas do Mercosul e, por isso, terá de ser desligada do bloco.
“Constatada a persistência de não cumprimento das obrigações assumidas no referido protocolo de adesão, se notifica mediante a presente comunicação a República Bolivariana da Venezuela o cessar do exercício dos seus direitos inerentes à sua condição de Estado parte do Mercosul”, diz trecho da carta.
Fonte: Época Negócios.
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