O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, declarou que, se fosse parlamentar, Sergio Moro estaria preso. Nenhuma autoridade ou figura pública relevante jamais havia se referido ao ex-juiz e atual ministro da Justiça dessa forma. Nem os arapongas do Lula fantasiados de jornalistas investigativos, que saíram à caça aberta do homem que simboliza a operação Lava Jato, falaram em prisão de Moro.
Na operação teatral mais tosca da história da República, o Supremo Tribunal Federal se reuniu para julgar um habeas corpus para o ex-presidente Lula – condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em três instâncias – baseado num pedido de suspeição de Sergio Moro, o juiz responsável pela primeira condenação. E a mais alta corte do país se dispôs a considerar a suspeição de Moro a partir de mensagens de telefone roubadas, de autenticidade não comprovada e de conteúdo sem qualquer traço de desvio do processo legal. Contando ninguém acredita.
E o que o presidente do Senado tem a ver com essa presepada? Tudo. Ele deu sua grave declaração sobre a hipotética prisão de Sergio Moro no exato momento e na afinação perfeita com o araponga do PT que apresentava na Câmara dos Deputados seu número circense sobre Lula inocente/Lava Jato criminosa. Uma orquestra obscura tentando dar a trilha sonora para o STF libertar na mão grande o maior ladrão do país. O que o Brasil assistiu no dia 25 de junho de 2019 foi uma conspiração – vagabunda e patética, mas real e escancarada.
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Por uma coincidência atroz, enquanto Alcolumbre, arapongas e despachantes fantasiados de juízes tentavam desmoralizar a operação histórica que prendeu Lula, a própria Lava Jato contabilizava nova façanha: mais uma restituição bilionária de dinheiro roubado aos cofres públicos – sendo cerca de 800 milhões de reais só para a Petrobras, a maior empresa do país que a bandidagem petista passou a vida jurando defender para poder devorá-la. O novo acordo de leniência com duas empresas envolvidas no petrolão contemplou inclusive devolução de dinheiro para o governo dos Estados Unidos – país do sabotador petista que diz que a Lava Jato foi uma armação de Moro.
O mundo nunca viu uma armação resultar em acordos judiciais para devolução de bilhões de reais às vítimas de um assalto. Vai ver esse ex-juiz é feiticeiro.
Essa conspiração Tabajara não quer atingir só a operação Lava Jato. Repare que, além de Moro, o ministro da Economia Paulo Guedes também tem sido alvo frequente dos mesmos personagens – Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia à frente. Os presidentes do Senado e da Câmara se revezam em ataques súbitos e gratuitos ao comandante da reforma da Previdência e da agenda de recuperação fiscal do país. Maia repete aos seus amigos na imprensa que o Brasil não deve “dar bola” a Paulo Guedes – ninguém menos que o homem conhecido como “Posto Ipiranga”, desde sempre o lastro da candidatura que venceu com mais de 57 milhões de votos.
Rodrigo Maia acha que seu plantão de intrigas na Globo News é suficiente para avacalhar a vontade do povo e a representação que ele escolheu.
O que se tem na verdade é uma equipe técnica altamente gabaritada no poder Executivo, sob a liderança de Guedes, tocando a agenda de reconstrução que o país pede há muitos anos. Os parasitas, que só pensam naquilo, morrem de medo de ficar sem os dividendos políticos dessa retomada – como se deu no Plano Real, que deixou a orquestra demagógica dos falsos progressistas tocando para ninguém. Por isso o arrivista Rodrigo Maia tenta desmoralizar dia sim e outro também Paulo Guedes, o primeiro ministro da história a ter seu nome gritado pelo povo na rua.
Maia e Alcolumbre, de mãos dadas com viúvas do lulismo e supremos picaretas, tentam espalhar o slogan de que o governo é uma “usina de crises” – e eles, os parasitas, são os pacificadores. Essa usina de crises tem todas as metas de infraestrutura cumpridas nos primeiros seis meses, com mais de duas dezenas de leilões e concessões de transportes – fora a abertura do setor de gás para desatolar o crescimento. Janelas de oportunidade como essa se abrem de vez em quando – no primeiro mandato de FHC, nos primeiros dois anos de Lula e no pós-impeachment de Dilma foram as últimas – e o Brasil parasita sempre sai correndo para fechá-las.
Como se vê nas ruas, dessa vez o povo parece estar mais atento para impedir que os sorridentes sabotadores lhe tomem o que é dele.
Fonte: “Gazeta do Povo”, 29/06/2019