A percepção internacional do Brasil mudou de forma sensível nos últimos meses. Os movimentos do governo Bolsonaro nesta área têm colocado o Brasil em um novo patamar na arena externa, abandonando as alianças ideológicas com a esquerda e privilegiando outras com países que convergem com os mesmo valores de nossa nação. Aquilo que o ministro Ernesto Araújo chamou de valores formadores das sociedades ocidentais.
A resistência quanto a esse tipo de mudança é enorme, uma vez que quebra paradigmas sedimentados pelos últimos governos. A defesa da manutenção do status quo vem daqueles que não desejam mudar, apenas conservar modelos ultrapassados e em descompasso com as reformas demandadas pela população. Esquecem que este governo foi eleito para entregar essa mudança profunda.
O destaque obtido pelo Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA) e no Grupo de Lima esboça de modo claro esse novo caminho. Ao liderar o processo e ter sua proposta incorporada no texto final, o Brasil finalmente assumiu uma postura condizente com seus reais valores democráticos. Ao defender a liberdade e os direitos humanos, violados por um regime brutal que aprisiona seus cidadãos em um cárcere socialista, nosso país se posiciona de forma digna e correta, exercendo a liderança que se espera de uma grande nação.
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Aqueles que atacam a nova política externa acreditam que o Brasil vive dentro de uma realidade onde somente seus valores são válidos e defensáveis. A democracia, que comporta a alternância de poder, fornece voz ao povo, que em última instância, em eleições livres, é responsável por orientar os destinos do país. Ao negar o direito de um governo eleito implementar sua política externa, colocam-se em última instância contra a democracia e a soberania popular.
Da mesma forma, o caso Batistti fornece uma clara evidência do compromisso deste novo governo com os valores democráticos. Enquanto deputado, Jair Bolsonaro se colocou contra o asilo político do terrorista italiano, uma vez que nosso país não guarda em seus valores a simpatia pela ideologia, tampouco pelos métodos que violam de forma direta os direitos mais fundamentais de qualquer cidadão. Uma postura que foi chancelada pelas urnas e que deve ser respeitada em um sistema democrático.
O caso Batistti é um exemplo raro de unidade na política italiana. Ao se colocar ao lado da Itália, o Brasil também se coloca ao lado de seus valores constitucionais e de formação, onde consta o repúdio ao terrorismo e a defesa da liberdade e da democracia. O presidente Bolsonaro, de forma digna, reabilitou a imagem de nosso país perante a comunidade internacional colocando-se, assim como no caso da Venezuela, em sintonia com nações que se portam de maneira e digna e correta na defesa das liberdades e do Estado de Direito.
Esse é um caminho virtuoso. Tem contra si todos aqueles que se beneficiavam da ordem anterior, um movimento poderoso, enraizado em diversos segmentos da sociedade brasileira. Entretanto, não são mais fortes do que a voz das ruas, do povo que levou os conservadores do poder e que asfaltam o caminho virtuoso que nos leva ao convívio de nações que comungam dos mesmos valores ocidentais que ajudaram a moldar o Brasil.
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Com este último texto me despeço temporariamente dos leitores da Gazeta do Povo. Durante o tempo que estive com esta coluna semanal e no programa Última Análise pude conhecer uma equipe dedicada, editores corajosos, analistas aplicados, comentaristas espetaculares e uma apuração precisa nas coberturas. Todos com um foco: transmitir o melhor para o leitor. Por isso passei a amar a Gazeta e seu time especular. Profissionais que admiro e que construíram a mais importante fonte de informação destas eleições – o jornal mais lido do Brasil no mês das eleições. Passo a novos desafios que me impedem de continuar a fazer parte deste time neste momento. Por isso, considero um até breve e desejo toda sorte do mundo para a melhor equipe de jornalismo de nosso país. Um orgulho fazer parte deste time vencedor.
Fonte: “Gazeta do Povo”