A esta hora os vencedores dos prêmios da CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras) e da Fenacor (Federação Nacional dos Corretores de Seguros) já estão definidos.
Os vencedores ainda não sabem que venceram, mas a classificação dos dois prêmios já aconteceu e premiou trabalhos da mais alta competência em todas as suas categorias.
O prêmio Antonio Carlos de Almeida Braga de Inovação em Seguros, patrocinado pela Confederação das Seguradoras, teve o número recorde de 124 trabalhos inscritos. Destes, foram selecionados cinco finalistas em cada categoria e eles serão publicamente conhecidos no dia 19 de dezembro, durante o almoço de fim de ano do setor de seguros.
O prêmio patrocinado pela Fenacor deve ter os vencedores conhecidos antes disso. Segundo me foi dito pelo coordenador do prêmio, ao longo da semana será publicada a relação dos ganhadores nas diferentes categorias.
Eu tive o privilégio de ser jurado dos dois prêmios, que, apesar de serem completamente diferentes, somam para o aprimoramento da atividade seguradora nacional. Em função disto, pude conhecer os trabalhos apresentados antes das notas dos júris serem conhecidas.
Sem exceção, os concorrentes levaram para os prêmios trabalhos da mais alta relevância. Não teve um único caso em que fosse possível dizer: este está num nível mais baixo. Todos se destacaram pelo conteúdo consistente, pela pesquisa realizada e, acima de tudo, pelas propostas e conclusões.
De um lado, um prêmio com foco na inovação. De outro, um prêmio com foco na informação. Não há como dizer que um é mais importante do que o outro. Os dois são fundamentais para o avanço do setor de seguros, seja pela elaboração de novas propostas, seja pela divulgação de uma ferramenta de proteção social indispensável para o funcionamento de uma sociedade organizada.
Inovação não é apenas fazer algo inédito. Inovação é não ter medo de tentar e fazer algo diferente, ainda que tratando de tema antigo, como, por exemplo, seria o caso dos seguros de transporte de carga, cujos primeiros esboços remontam a mais de quatro mil anos e estão escritos em tábuas com escritas cuneiformes, na antiga Mesopotâmia.
Os 124 trabalhos que concorreram ao prêmio Antonio Carlos de Almeida Braga trouxeram a chama da inovação, da criatividade e do dinamismo indispensáveis para o setor se desenvolver de forma rápida e criativa, atendendo mais e melhor um público pouco familiarizado com o seguro, como é a maior parte da população brasileira.
Com produtos inéditos, novas garantias, clausulados modernos, uso de ferramentas de TI, redes sociais, novas formas de aproximação com os clientes, comunicação, proteção para segurados e não segurados e mais uma gama de alternativas, os concorrentes deram um show de competência e profissionalismo.
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Já os concorrentes do Prêmio Fenacor de Jornalismo apresentaram matérias impressionantes pela qualidade do material, conteúdo, pesquisa, análises, entrevistas, foco nos temas, histórico da realidade nacional, comparativos com outros mercados, etc.
É evidente que ganhar é sempre bom, mas o simples fato de terem participado das duas premiações – e terem seus trabalhos julgados – já faz de cada concorrente um vencedor. Os finalistas, então, podem comemorar. Eu sei, pela dificuldade que tive em decidir, quais os meus vencedores entre tantos cases tão bem formulados.
Mas, se ganham os vencedores, de verdade, ganha mais o setor de seguros brasileiro e, mais ainda, a sociedade. Os trabalhos de inovação abrem um vasto campo para o desenvolvimento de produtos e soluções mais eficientes para que seguradoras e corretores de seguros atendam melhor os segurados. De outro lado, as matérias jornalísticas analisadas na premiação da Fenacor fazem o setor ser mais conhecido e melhor compreendido, não apenas pelo público ligado a ele, mas pelo público consumidor, que passa a dispor de informações amplas e detalhadas sobre o que é, para que serve e como funciona o seguro.
O bom é que a cada ano os dois prêmios sobem de qualidade.
Fonte: “O Estado de São Paulo”, 2/12/2019