Maurício Macri, presidente da Argentina, num corner, em recessão, recorre ao ultrapassado e já demonstrado fracassado nos anos 80, “congelamento de preços e salários”.
Realmente. Congelar é provocar desalinhamento de preços relativos, problemas de abastecimento, descontrole nos estoques, especulação com bens essenciais, etc. Ou seja, sem ilusão. Está fadado ao fracasso. Munição para os Kirchners e o2 seu populismo peronista.
E o pior é que me preocupa o governo Bolsonaro e suas “patacoadas”. Daqui a pouco, vão querer o Lula de volta. Para os petistas, destruir é fácil, quero ver construir ou reconstruir algo, como sempre fez nos seus 14 anos de poder. Teoria da terra arrasada, manja?
Não fizeram nada de útil, a não ser traficância do mais baixo nível e distribuição de esmola para o povão, numa falsa sensação de mobilidade sócio-econômica (ao que os intelectualóides de esquerda chamam de “programas de inclusão social”). Os coronéis do NE também faziam o mesmo, distribuindo dentaduras, prometendo consultas medidas, cestas básicas, era o Nordeste do clientelismo, não muito diferente do que praticou o PT nos seus anos de poder.
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Reformas estruturais e profundas para gerarem emprego? Nem pensar. Eram muito difíceis de passar no crivo de um Congresso cada vez mais fisiológico e partidário do “toma lá, dá cá”.
Temos um dos mercados de trabalho mais engessados do mundo. Você contrata uma pessoa e depois tem que pagar a mais 120% do seu salário nominal. Soma-se a isso, depois de alguns anos, o patrão se torna “escravo” do empregado, se em má situação, pelo custo elevado de ter que demitir.
E o que dizer do regime previdenciário, segundo Paulo Guedes, uma fábrica de desigualdades? Esta reforma atual é até bem abrangente, mas como passar no Congresso tirando direito dos próprios parlamentares ou dos militares?
E a burocracia do Estado? E a carga fiscal, 46% do PIB, muitas vezes, incidindo sobre a cadeia produtiva e o custo final? E o ambiente de negócios, entre os piores do mundo, segundo o Banco Mundial (Doing Business)?
Do jeito que as coisas estão evoluindo teremos “efeito orloff” já, já…
Lembram-se dos anos 80 e 90? Pois é…