Enquanto vivemos nossas vidas à moda brasileira, em outros lugares do globo membros de nossa espécie vão dando passos no sentido de um futuro promissor, sempre baseados no aprendizado proporcionado pelos erros e acertos dos antecessores.
A revista Nature Science publicou um artigo sobre a inteligência artificial (IA) aplicada à análise de imagens, com o objetivo de identificar padrões. Até aí nada demais.
O algoritmo de IA em questão analisou mais de 42 imagens de tomografia de pulmão de mais de 15 mil pessoas. O algoritmo aprendeu a identificar câncer de pulmão. Comparados os resultados do algoritmo com avaliações de especialistas em imagem humanos, a IA reduziu em 11% a identificação de diagnósticos falsos positivos e 5% mais eficiente no diagnóstico correto de câncer. Estudos deste tipo continuarão sendo executados de forma mais consistente e sistemática. O grupo de pesquisa em IA do Google (Alphabet Inc) desenvolveu o algoritmo e a pesquisa foi feita em parceria com a Universidade Northwestern.
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Implicações da incompleta extinção do monopólio
Em abril passado pesquisadores da Universidade de Tel Aviv apresentaram ao mundo um coração humano impresso com uma impressora tridimensional utilizando tecido biológico. O coração impresso é muito pequeno, mas todas estruturas estão lá. É potencialmente funcional.
O pesquisador e empresário David R. Liu anunciou que sua equipe de pesquisa conseguiu desenvolver tecnologia funcional para reescrever DNA. As implicações deste desenvolvimento são quase que infinitas. Da perspectiva da saúde e vida humanos, pode significar que em pouco tempo doenças como Progéria, Anemina Falsiforme e outras de origem genética poderão ser “curadas” ao reescrevermos o DNA das células. As empresas Beam Therapeutics e a Pairwise Plants deverão estar na vanguarda da exploração comercial de tais tecnologias. Se serão monopolistas ou não, as regras nacionais e supranacionais o dirão.
Em outro campo, pessoas como o engenheiro mecânico Christoph Keplinger estão trabalhando na produção de músculos artificiais, flexíveis e elásticos como os biológicos. A ideia básica é utilizar estes músculos em robôs. No campo da robótica, a Inteligência Artificial avançou muito, em particular no aspecto equilíbrio e reconhecimento de áreas. Quando estes robôs forem revestidos de músculos, ficarão muito mais efetivos e com utilização mais ampla.
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Os próximos anos parecem ser promissores. A integração destas tecnologias e suas aplicações indicam que novas fronteiras estão sendo superadas. Sobrevida humana mais longa e uma vida humana com mais qualidade estão próximas.
A questão que mais me angustia sabendo destas coisas é: aonde o país do eterno futuro estará quando todas essas criações tecnológicas estiverem em uso?