Dificilmente você chamaria a plataforma de aluguéis Airbnb, a rede social Facebook ou a companhia de foguetes SpaceX de startups. Mas tais negócios estavam apenas engatinhando no ano de 2010.
Era uma época onde o termo “unicórnio” (startups avaliadas em ao menos US$ 1 bilhão) nem havia sido criado e os Estados Unidos ainda estavam se recuperando da crise de 2008. Por aqui, os smartphones começavam a ganhar força e o Brasil estava na moda — até enfrentarmos anos de recessão.
O site americano Inc. elencou os negócios escaláveis, inovadores e tecnológicos mais influentes da última década — para o bem ou para o mal.
Veja, a seguir, as 12 startups mais influentes da última década:
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1 – Airbnb
Fundado em 2008, o Airbnb levou o modelo de marketplace para o mercado de propriedades. Permitir o aluguel de cômodos sobrando em apartamentos se provou um grande negócio: em três anos, foram feitas um milhão de reservas.
O Airbnb se tornou um grande expoente da economia compartilhada e, toda noite, 2 milhões de pessoas ficam em uma propriedade por meio da plataforma. Sua última avaliação de mercado ultrapassa os US$ 35 bilhões.
2 – Epic Games
Criada com o nome de Potomac Computer Systems na casa do fundador Tim Sweeney, a Epic Games mudou de nome para parecer maior do que era.
O negócio foi criado em 1991, mas só explodiu na última década. Hoje, seu jogo Fortnite é um fenômeno cultural que fatura centenas de milhões de dólares por mês e reúne 250 milhões de jogadores.
3 – Facebook
A rede social, fundada em 2004, já chegou a 2,45 bilhões de usuários. Não faltaram reviravoltas na última década para o fundador Mark Zuckerberg: a missão de conectar o mundo e o fomento de grupos e pequenos negócios conviveram com escândalos de notícias falsas e vazamento de dados pessoais dos usuários.
4 – Instagram
Para a Inc., o Instagram é o aplicativo que representa a última década: tanto pelos influenciadores quanto pela rolagem infinita e pela capacidade de manter os consumidores grudados nos celulares.
Criado pelos empreendedores Kevin Systrom e Mike Krieger, o Instagram foi vendido ao Facebook por US$ 1 bilhão em 2012. A transação continua sendo a mais cara já feita pelo Facebook.
5 – Slack
O aplicativo para trocar mensagens no ambiente corporativo Slack foi criado em 2013. O app domina nos Estados Unidos e é usado por diversas startups brasileiras.
Segundo a Inc., sua estratégia de modelo freemium (grátis para baixar, mas com funcionalidades extras pagas) garantiu seu sucesso e o levou a abrir capital na bolsa de valores de Nova York.
6 – Snap
O Snap foi lançado em 2011 e gerou piadas sobre como a rede servia para enviar fotos íntimas. Mas os criadores Evan Spiegel, Bobby Murphy e Reggie Brown previram algo maior: o consumo de vídeos extremamente curtos. Diversas redes sociais copiaram suas funcionalidades, incluindo o colega de lista Instagram.
7/8 – SpaceX e Tesla
Duas empresas criadas por Elon Musk — a lançadora de foguetes SpaceX e a fabricante de automóveis elétricos Tesla — mudaram suas indústrias.
A SpaceX continuou como uma empresa privada e está avaliada em US$ 33 bilhões, tendo parceiros como a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA). Já a Tesla abriu capital e pressiona outras companhias a investirem em carros elétricos, mesmo sem ainda ser lucrativa.
9 – Stripe
O PayPal já tinha dez anos quando os empreendedores John e Patrick Collison transformaram sete linhas de código em um concorrente.
O Stripe conecta sites a processadores de pagamentos e atende milhares de negócios, desde gigantes como Lyft, Target e Salesforce até pequenas empresas. O Stripe está avaliado em US$ 35 bilhões.
10 – Theranos
A Theranos marcou a última década com um aviso a investidores de que algumas ideias são boas demais para serem verdade. A promissora Elizabeth Holmes fundou o empreendimento de testes sanguíneos rápidos em 2004. O negócio era avaliado em US$ 9 bilhões em 2015.
Até que a situação mudou. No mesmo ano, a empresa foi denunciada por “fraude massiva” e condenada pela SEC, a Comissão de Valores Mobiliários americana.
11 – Twitter
Originalmente um experimento de “microblog”, a rede social Twitter influenciou movimentos políticos e sociais e fomentou revoluções. Hoje, acumula 330 milhões de usuários.
Na última década, o Twitter também reuniu polêmicas. Seu papel na Primavera Árabe, no movimento #MeToo e nas manifestações ambientais convive com a disseminação de memes (imagens repetidas com efeito humorístico) racistas e com o assédio a indivíduos.
12 – WeWork
Avaliada em US$ 47 bilhões, com 12,5 mil funcionários e mais de 800 unidades, a gigante de trabalho compartilhado WeWork ia bem até o ano passado. Prestes a fazer sua oferta pública inicial de ações (na sigla original, IPO), a empresa não conseguiu convencer os investidores de que valia os US$ 47 bilhões estimados por seus sócios.
Após um rebaixamento para US$ 10 bilhões, muitas demissões, desistência do IPO e a saída do fundador Adam Neumann, o WeWork trabalha para reconstruir com mais solidez financeira seus espaços de coworking.
Fonte: “Pequenas Empresas, Grandes Negócios”