O ano de 2012 começou mal para a liberdade de imprensa no Brasil. Só em fevereiro, foram registrados os assassinatos dos jornalistas Mario Randolfo Marques Lopes, ocorrido na quinta-feira (9), em Barra do Piraí (RJ), e Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, nesta segunda-feira (13), em Ponta Porá (MS).
O motivo do assassinato de Mario Lopes, de 50 anos, teriam sido as críticas a personalidades influentes da região de Vassouras publicadas no site “Vassouras na Net”. Já a morte de Paulo Rodrigues teria sido motivada por questões políticas, segundo os agentes da polícia.
Eugênio Bucci, especialista do Instituto Millenium e professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA-USP) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), afirmou que a morte de um jornalista tem uma significação específica. “A morte de um jornalista indica um nível inaceitável de intolerância, indica que há grupos humanos que se sentem tacitamente autorizados a suprimir uma vida para beneficiar interesses menores.”
Bucci ressaltou o caráter anti-democrático dos casos de desrespeito a liberdade de imprensa, que, segundo ele, representam uma “deficiência da ordem democrática”.
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) exige do Ministério da Justiça iniciativas para reforço das investigações e rápida apuração das responsabilidades por tais crimes. Diante dos recentes casos de violência contra jornalistas, a entidade pressiona o Congresso pela rápida aprovação do Projeto de Lei que propõe a federalização da apuração de crimes contra jornalistas.
Para o jornalista, todas as medidas e tentativas de proteção “daqueles que trabalham para informar o cidadão” devem ser bem acolhidas.
Outro caso de desrespeito à categoria, foram as ameaças sofridas pela repórter Cleide Carvalho, de “O Globo”, após a publicação de uma reportagem sobre o tráfico de jovens das regiões Norte e Nordeste por uma rede de exploração sexual em São Paulo. Em 2011, o Brasil apareceu com um dos países com mais casos de assassinatos de jornalistas no relatório “Violência e Liberdade de Imprensa no Brasil”.
Os JORNALISTAS são os verdadeiros HERÓIS da nação (não estou incluindo aqueles que vendem as suas consciências para o patrão, é claro.). Os verdadeiros jornalistas estão sempre expostos a RISCOS, sejam eles de ordem física ou JURÍDICA.
Simplesmente preocupante, pois veiculação das informações no regime democrático é de importância impar, mas somos sabedores que para conseguir ser manchete em nosso País existe quase a necessidade de motivos extremos, que na maioria das vezes são acompanhados de morte do cidadão, tendo na maioria das vezes só o interesse de colocar o acontecido da maneira que obteve a informação, vejo com muita preocupação estes incidentes não só com jornalistas de renome, mas também em cidades de menor expressão onde existem políticas de atravancar as comunidades, submetendo-as aos interesses de cidadãos que vêm a séculos fazendo as manipulações, que na maioria das vezes se julgam acima das leis instituídas, lemos que existiu a percepção dos Constituintes de 1988, uma larga clareza quanto a liberdade da veiculação dos noticiários sendo lamentável uma partícula de cidadãos com robusteza econômica se achar acima das Leis.
Nâo podemos tolerar a tentativa de se controlar as informações através da censura da imprensa e a intimidação de jornalistas!