Na contramão das discussões para a criação de um novo imposto para o setor de saúde, aos moldes da extinta CPFM, o diretor do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Buss, afirma que o aumento da arrecadação não resolverá os problemas do setor.
Na abertura da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), na última quarta-feira, 19 de outubro, Buss explicou que além do dinheiro, é necessário que haja um controle maior sobre a aplicação dos recursos destinados a saúde. “Tem que ter recursos financeiros, mas se não tiver uma qualificada gestão pública, dando orientação, vai se perder o investimento”.
Durante o evento, Buss também ressaltou a importância do combate a corrupção para a criação de uma sistema hospitalar público eficiente e digno. “Ações anticorrupção e ações de controle de utilização adequada do dinheiro têm que fazer parte de qualquer governo”.
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