Há dois anos o Livres era um grupo de jovens incubado dentro do PSL, partido do atual presidente da República. Lá dentro, trabalhávamos pela renovação interna da legenda. Havíamos elaborado uma carta compromisso, iniciado o desenvolvimento de um programa partidário, criado um código de ética e compliance, modelo de governança, estatuto, entre outras ações. Além disso, estávamos na presidência de 12 diretórios estaduais, conselho de ética e da fundação partidária.
Entretanto, em janeiro de 2018 o PSL abriu mão de todos os compromissos firmados com o movimento para abrigar a candidatura do hoje presidente Jair Bolsonaro, que até então estava sem partido. O “projeto Bolsonaro” ia contra tudo o que defendíamos ali dentro, na economia, nos costumes e na gestão partidária. Foi então que no início do ano passado, o Livres teve que se reinventar para seguir com seu propósito de renovação política, liberdade, democracia e igualdade de oportunidades no país.
O Livres define-se como um movimento liberal por inteiro. Defendemos pautas como responsabilidade fiscal, liberdade econômica e nos costumes, mas estaríamos sendo ingênuos se ignorássemos o complexo cenário social em que vivemos, sobretudo em um país como o Brasil. Defendemos o diálogo contra os radicalismos de esquerda e direita, sempre pautados na ideia de que cada pessoa deve ser dona de sua própria vida e que o dever do Estado é ajudar os que mais precisam a conseguirem andar com as suas próprias pernas.
Atualmente com 15 mandatários associados, um conselho acadêmico composto por profissionais e estudiosos das mais diversas áreas, nos reinventamos depois de termos sido passados para trás pelo grupo político que hoje ocupa os cargos mais altos da República. Se pretendemos ser um partido político? Não. Compreendemos, por dentro, as limitações do modelo partidário vigente. Precisamos impulsionar mudanças a partir da sociedade, com engajamento cívico. Por isso, somos um movimento liberal, suprapartidário, que desenvolve lideranças, políticas públicas e projetos de impacto social que visam ampliar a liberdade individual no Brasil.
A “bancada da liberdade”, formada no ano passado, é composta por vereadores, deputados estaduais, federais, um senador e um prefeito. Nosso conselho é formado por Elena Landau, Leandro Piquet, Persio Arida, Paes de Barros, Samuel Pessôa, Sandra Rios e Paulo Roberto de Almeida.
O Livres conta com mais de 2 mil associados, divididos em 27 núcleos por todo país. A meta agora é aumentar cada vez mais o número de associados e engaja-los nos fóruns de discussão temáticas, de onde saem ideias para a construção dos mandatos, principalmente dos parlamentares da bancada da liberdade. A participação política deve ser diária e construída em parceria com eleitos e eleitores. Só assim teremos um país mais livre, democrático, responsável e cidadão.
Fonte: Congresso em Foco