O número de servidores públicos que receberam o auxílio emergencial de R$ 600 indevidamente subiu para 680.564, considerando União, estados e municípios, segundo nova auditoria da Controladoria Geral da União (CGU). O prejuízo para os cofres públicos foi de R$ 981,7 milhões e abrange pagamentos efetuados pela Caixa Econômica Federal até 19 de julho.
No balanço anterior, foram identificados 396,3 mil pagamentos irregulares para o funcionalismo, no valor total de R$ 279,6 milhões.
Criado em abril, o auxílio é destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, que perderam renda durante a pandemia do novo coronavírus. Beneficiários do Bolsa Família também migraram temporariamente para o auxílio que é mais vantajoso.
Servidores públicos não têm direito ao benefício.
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Do total de servidores que receberam o auxílio ilegalmente, 67.133 são servidores públicos ativos, inativos e pensionistas, sendo 52 mil militares da União. Esse grupo ganhou R$ 57,8 milhões.
A maior parte das suspeitas de fraudes entre os servidores ocorreu nos estados e municípios e envolve 613.431 mil pessoas, que receberam um total de R$ 923,9 milhões.
Entre os estados que registraram maior número de pagamentos irregulares estão Maranhão, com 43.182, seguido por Bahia, com 35.870, São Paulo, com 23.845 e Rio, com 23.551.
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As suspeitas de fraudes foram identificadas a partir do acesso da CGU às folhas de pagamento dos funcionários de estados e municípios, além da União. Quem recebeu indevidamente precisa devolver os recursos para a União.
A CGU repassou os dados para os órgãos de controle estaduais e municipais e ao Ministério da Cidadania para bloqueio e cobrança dos valores pagos a quem não tem direito.
O servidor pode devolver o dinheiro de forma voluntária, acessando o site. Basta inserir o CPF e escolher a opção que for mais conveniente: gerar uma Guia de Recolhimento da União (GRU) que pode ser paga no Banco do Brasil ou uma que pode ser recebida em toda a rede bancária.
Fonte: “O Globo”