O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou nesta quinta-feira (11) que o diretor de Política Monetária, Fabio Kanczuk, deixará a instituição ao fim de seu mandato, em 31 de dezembro deste ano.
Leia também
O que significa a variação da Taxa Selic?
Essa é uma das principais diretorias do BC, sendo responsável por ações para o atingimento da meta de inflação, com base na taxa básica de juros fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), e também pela administração da política cambial.
A diretoria de Política Monetária do BC também é responsável por estabelecer orientação em relação à administração das reservas internacionais, que estão em cerca de US$ 370 bilhões; além de definir políticas relacionadas a arranjos de pagamento, entre outros.
A saída do diretor acontece em meio à disparada da inflação. Em outubro, o IPCA, considerado a inflação oficial do país, acelerou para 1,25%, puxado pela alta da gasolina. Foi a maior alta para o mês desde 2022. Com o resultado, a inflação acumula alta de 8,24% no ano e de 10,67% nos últimos 12 meses.
Foi a terceira troca anunciada na diretoria da instituição neste ano. Antes disso, foi comunicada em março a saída de Fernanda Nechio da diretoria de Assuntos Internacionais, com o ingresso de Fernanda Guardado no cargo, e, mais recentemente, do diretor de Organização do Sistema Financeiro, João Manoel Pinho de Mello – com a indicação do economista Renato Dias de Brito Gomes.
Diogo Guillen como substituto
Para o lugar de Kanczuk, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, indicou Diogo Abry Guillen, economista-chefe da Itaú Asset Management e professor vinculado ao Insper. Guillen é bacharel e mestre pelo Departamento de Economia da PUC-Rio e PhD em economia por Princeton University.
Para ingressar na diretoria do BC, Guillen terá de ser sabatinado e ter seu nome aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Depois, ainda terá de passar pela aprovação do plenário daquela casa.
Pela lei aprovada pelo Congresso Nacional que estabelece a autonomia do Banco Central, sancionada neste ano pelo presidente Jair Bolsonaro, o presidente do Banco Central tem mandato de quatro anos, não coincidente com o do presidente da República, renovável por igual período. Os diretores também contam com mandatos fixos.
Fonte: “G1”, 11/11/2021
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado