O presidente Jair Bolsonaro disse que irá “jogar pesado” pela aprovação da reforma da Previdência assim que voltar ao Brasil de sua visita a Israel, encerrada nesta quarta-feira. Ele alegou cansaço para explicar por que decidiu dizer não ao jantar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que estava sendo intermediado pelo governador de São Paulo, João Doria, para tratar da reforma. Mas afirmou que está disposto a reunir-se com Maia em Brasília.
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— Pelo que eu fiquei sabendo o Doria estava preparando um jantar para sexta-feira agora. Eu falei com a minha assessoria que está barra pesada, estou com 64 anos, não dá para ter uma batida dessa não, complica, de repente eu estou aí com problema de saúde. Se for em Brasília, estou disposto a conversar, eu vou até na casa do Maia, sem problema nenhuma, até converso particularmente com ele — disse o presidente antes de partir rumo a Tel Aviv, onde embarcou de volta para o Brasil por volta de 9h30 (3h30 de Brasília).
Embora tenha prometido se empenhar ao máximo pela reforma, Bolsonaro afirmou que cabe agora ao Parlamento “bater o pênalti” e avançar com o projeto enviado pelo governo.
— Nós vamos jogar pesado com a Previdência porque ela é um marco, se der certo a gente tem tudo para fazer o Brasil decolar. O Parlamento é soberano. Eu gostaria que passasses como chegou, mas nós sabemos que vai ter mudança — disse o presidente.
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Em mais uma tentativa do governo para conseguir apoio à proposta de mudança nas aposentadorias, o ministro da Economia Paulo Guedes vai à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara nesta quarta-feira.
Os parlamentares querem explicações do ministro sobre pontos considerados polêmicos na proposta, como é o caso da mudança nos benefícios assistenciais (BPC), nas aposentadorias rurais e o projeto de mudança nas aposentadorias dos militares.
Fonte: “O Globo”