Nem tudo o que as máquinas produzem em Cerquilho, no interior de São Paulo, ou que os funcionários embalam, é vendido. E quando encalha no estoque, é o Salvador que entra em cena. Ou melhor, a startup dele. A missão é dar um destino ao produto que está parado: transformar prejuízo em lucro.
“Muitas empresas possuem toneladas e toneladas de produtos parados que poderiam estar gerando outros produtos, uma manufatura, gerando empregos, renda, gerando negócios. E o nosso objetivo é facilitar que isso aconteça de modo automatizado”, conta Salvador Iglesias Ramalho, diretor da SaveADD.
Imagina uma empresa que acabou de nascer mudando processos consolidados dentro de uma outra empresa completamente diferente, como uma indústria que já está há 60 anos no mercado. Desse encontro, que até algum tempo atrás era improvável, tem nascido muitas ideias.
Prova disso é o aumento de transações em uma plataforma que tem aproximado empresários de nove mil startups no Brasil. Em 2019 foram fechadas mais de sete mil negociações – a maioria delas com o setor industrial.
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“O processo de transformação digital é muito forte, as grandes empresas precisam, demandam desses novos serviços, e essa transformação não só nas suas operações mais nos métodos de negócios. E as startups estão servindo de combustível pra isso”, diz Bruno Rondani, diretor do 100 Open Startups.
E foi numa parceria com outra startup que a indústria de Cerquilho reduziu tempo e dinheiro e deu adeus às planilhas e investiu em um aplicativo de controle de gastos.
“Elas produzem mais, conseguem focar um pouco mais nos processos primários e lidar com os processos secundários com mais agilidade, com mais rapidez, evitar fraude, evitar erro, evitar perdas ao longo do tempo e perdas de tempo que é perda de dinheiro, obvio”, afirma Carolinne Bernadeli, executiva de negócios do Espresso.
Quer um exemplo melhor? A empresa que tem mais de mil funcionários e cinco indústrias comemora a economia.
“Em torno de R$ 100 mil/ano de redução de custo, mais ou menos. Vou reinvestir em inovação. A gente gasta em inovação e reinveste em inovação também”, diz a analista de inovação da CIPATEX, Rafaella Paladini.
Fonte: “G1”