Refinarias podem restringir a produção de combustível de aviação, ao reduzir parcialmente seu processamento de petróleo, em meio à queda do valor do produto frente ao diesel após os Estados Unidos suspenderem os voos provenientes da Europa para conter a disseminação do coronavírus.
A diferença entre o combustível de aviação e o diesel caiu para um desconto de 3,86 dólares por barril na quinta-feira, menor nível desde 13 de agosto de 2015, segundo dados da S&P Global Platts.
O presidente americano, Donald Trump, afirmou na quarta-feira que foram vetadas viagens aos EUA provenientes de 26 países europeus, por período de 30 dias. No mesmo dia, a Índia disse que iria suspender a concessão de vistos para viagem ao país.
Como resultado da medida dos EUA, a demanda por combustível de aviação pode cair entre 200 mil e 250 mil barris por dia, uma redução dividida entre os mercados norte-americanos e europeus ao longo dos 30 dias de validade do veto, disse o principal analista de refino da Wood Mackenzie, Mark Williams.
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As refinarias podem lidar com o menor valor do combustível para aviação cortando suas taxas de processamento para menor fabricação do produto, que geralmente é feito durante a destilação inicial do petróleo em derivados.
— Eu tenho certeza de que elas já estão fazendo o possível para reduzir a produção de combustível de aviação — , disse um agente de mercado nos EUA.
Combustível de aviação geralmente não pode ser armazenado por longos períodos por riscos de perdas de qualidade, o que incentiva as refinarias a produzirem menos.
— Isso (a restrição dos EUA a voos) é o fim do mercado de (combustível de) aviação e, provavelmente, precisará haver cortes no processamento na Europa — disse uma fonte, em uma refinaria da Coreia do Sul — Isso terá um efeito também sobre os mercados da Ásia.
Fonte: “O Globo”