Startups brasileiras movimentaram US$ 2,7 bilhões no último ano em capital de risco, ou venture capital. Os valores de investimentos, aquisições e fusões foram compilados pela empresa de inovação Distrito, no estudo Inside Venture Capital Brasil.
O valor é 80% superior ao visto em 2018, com US$ 1,5 bilhão em capital de risco. Em relação a 2017, com US$ 905 milhões, o crescimento foi de 198%.
Ao todo, os negócios escaláveis, inovadores e tecnológicos brasileiros participaram de 260 aportes em 2019. Cinco deles levaram a startups com avaliação de mercado bilionária, também chamadas de unicórnios: Loggi (logística), Gympass (saúde), QuintoAndar (imóveis), Ebanx (fintech) e Wildlife (jogos).
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Setores e estágios de investimento
As fintechs lideraram tanto em volume de investimento quanto em rodadas, com 62 aportes totalizando US$ 935 milhões. Completam o pódio de valores os setores de recursos humanos (HRtechs) e de imóveis (real estate). Já em número de rodadas, o varejo (retailtech) ocupa o segundo lugar e a saúde (healthtech) ocupa a terceira posição.
Em número de transações, a maioria (62%) ainda se concentra em rodadas de estágios iniciais, pré-seed (38 aportes) e seed (87 aportes). Já em volume investido, o estágio Série B se destacou. Foram US$ 554 milhões no ano, ou 20,54% do total.
Fusões e aquisições
2019 também foi marcado por um recorde de operações de fusões e aquisições. O último teve 60 movimentos do tipo, contra 18 em 2018 e apenas dois em 2010.
Todos os meses de 2019 tiveram ao menos uma fusão ou aquisição. As áreas que mais atraíram atenção neste contexto foram as de adtechs (comunicação, marketing e propaganda, com 11 aquisições); as de tecnologia da informação (10); e as fintechs (6).
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Volume de investimentos por mês
Os melhores meses para investimentos durante o último ano foram outubro e dezembro de 2019. O segundo semestre como um todo foi mais movimentado no venture capital do que o primeiro.
A intensificação recente dos investimentos dá sinais de que 2020 será um ano ainda melhor para as startups quando falamos de aportes, aquisições e fusões.
Fonte: “Pequenas Empresas, Grandes Negócios”
Foto: Divulgação