“A blogueira cubana Yoani Sanchéz disse ter sido ameaçada na última sexta-feira (29), na avenida Boyeros, em Havana, capital do país. Segundo ela, ao sair da festa de aniversário de sua irmã, três automóveis de fabricação chinesa interceptaram o carro em que estava.
O incidente aconteceu em uma esquina da avenida, nas proximidades do Ministério das Forças Armadas Revolucionárias (Minfar). Acompanhada de seu filho Teo, a blogueira contou ter sido parada por homens, que pediram para que não passasse por uma determinada rua, onde simpatizantes de Fidel realizavam manifestação.
“Não te ocorra passar pela rua 23, Yoani, porque a União de Jovens Comunistas está fazendo uma atividade ali”, contou a blogueira, reproduzindo a fala de um dos homens. Segundo ela, logo em seguida um homem “enorme” desceu de um dos veículos e começou a ameaçá-la: “Como se chama?” perguntou o indivíduo. Como resposta, Teo pediu a Yoani que não dissesse o nome ao homem.
O incidente de sexta, segundo Yoani -colunista da revista IMPRENSA -foi breve e não houve agressão física, diferente do ocorrido em novembro de 2009. Na época, ao sair de uma marcha contra a violência na capital cubana, três homens a levaram à força para o interior de um automóvel e a conduziram pelas ruas da cidade. Yoani teve o rosto posto no chão do veículo enquanto um dos homens que a acompanhava -Orlando -era imobilizado por um golpe de karatê.
Por conta das agressões, a blogueira teve fratura na região lombar e precisou fazer uso temporário de muletas. “Não vou deixar de escrever, nem twittar; não tenho planos de encerrar meu blog, não abandonarei a prática de pensar por cabeça própria e -sobretudo -não vou deixar de crer que eles estão muito mais assustados que eu”, escreveu Yoani no último sábado (30). “
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