O preço dos imóveis nas principais capitais brasileiras está cada vez mais alto. As medidas do governo como os juros favorecidos para o setor imobiliário, a oferta de créditos, o programa “Minha casa, Minha vida” e obras vinculadas à Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 têm puxado os preços do setor. Economistas apontam para o risco da formação de uma “bolha imobiliária” caso os preços continuem subindo a revelia dos movimentos de oferta e demanda do mercado.
O economista e especialista do Instituto Millenium Cristiano Costa concorda que as medidas do governo contribuem para a alta no preço dos imóveis residenciais e comerciais. Costa também explica que o aprimoramento das leis associado à redução dos juros no início da última década renovou o fôlego do setor de imóveis: “A lei de alienação fiduciária, em que a pessoa perde o direito ao imóvel rapidamente em caso de inadimplência contribui para a redução dos riscos, aumentando o crédito e diminuindo os custos do financiamento. Com a queda das taxas de juros, houve então uma grande expansão do crédito”.
A respeito da sustentabilidade do movimento de valorização dos imóveis, Cristiano prevê a estabilização dos preços. “A tendência é que essa valorização não continue. O primeiro grupo de famílias que procurava adquirir a casa própria já adquiriu e muitos deles ainda estão no parcelamento antes do Habite-se , quando a família tem que comprovar renda para tirar o resto do financiamento”, analisa.
Nas grandes cidades como Rio e São Paulo, a alta dos imóveis já reflete no valor dos aluguéis. Para o economista, o descolamento entre o preço dos imóveis e do aluguel representa um risco para o setor.
“Essa questão pode se desenrolar de duas formas. A primeira delas é a desinflação, com os preços se estabilizando e começando a cair um pouquinho. Ou a gente pode ver um movimento mais abrupto, em que os preços caem por algum choque externo que force o Brasil a elevar suas taxas de juros desencadeando o movimento de estouro de uma eventual bolha”, conclui.
Esses preços vão subir até explodir. Toma mais um minha casa minha vida. Gente rica interessada nessa especulação. Construtoras, familas que possuem vários imóveis..ja viu.