A Noruega superou a Dinamarca e foi eleita o país mais feliz do mundo, de acordo com um estudo divulgado nesta segunda-feira pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN, na sigla em inglês), uma iniciativa global lançada pela Organização das Nações Unidas (ONU). A análise, chamada Relatório Mundial da Felicidade, traz o Brasil ocupando a 22ª posição do ranking das nações mais felizes — o país caiu cinco posições em relação a 2016, quando apareceu em 17º.
Entre os cinco países mais felizes do mundo estão, do primeiro ao quinto lugar: Noruega, Dinamarca, Islândia, Suíça e Finlândia. A República Centro-Africana foi apontada como a nação menos feliz do planeta.
De forma geral, os países da Europa Ocidental e da América do Norte dominaram as mais altas colocações do ranking. Os Estados Unidos e o Reino Unido ficaram, por exemplo, nas colocações de 14ª e 19ª, respectivamente.
Na América Latina, a Costa Rica está em primeiro lugar, aparecendo na 11° colocação mundial. O país é seguido por Chile (20º), Brasil (22º), Argentina (24º) e México (25°). O Paraguai está na última colocação nesse território, figurando em 70º.
As últimas colocações no ranking geral ficaram com países da África Sub-Saariana e aqueles tomados por conflitos internos e guerras. A pior colocada, a República Centro-Africana, está em conflito civil desde 2013, marcado pela disputa entre a coalizão muçulmana ex-Séleka e a milícia cristã anti-Balaka. A Síria também aparece entre as piores colocações, em 152ª.
— Países felizes são aqueles que têm um equilíbrio saudável entre a prosperidade, conforme a métrica convencional, e capital social, significando o alto nível de confiança na sociedade, baixa desigualdade e confiança no governo — aponta Jeffrey Sachs, diretor da SDSN.
Sachs acredita também que a queda em uma posição dos Estados Unidos (em 2016, o país ficou em 13º) será agravada pelas medidas econômicas pretendidas pelo presidente Donald Trump — e que se somarão em um quadro de piora da desigualdade, confiança e corrupção.
— Elas visam todas aumentar a desigualdade — impostos cortados no topo, pessoas jogadas para fora da assistência em saúde, cortes do programa Meals on Wheels [ação governamental que distribui refeições a pessoas necessidatas] a fim de aumentar os gastos militares. Acho que tudo o que foi proposto vai na direção errada.
PAISES NÓRDICOS NA DIANTEIRA
A pesquisa consulta, por ano, mais de mil habitantes de cada um dos 155 países que compõem a lista. A elas é feita a seguinte pergunta: “Imagine uma escada com degraus numerados de 0, na parte mais baixa, a 10, na mais alta. O topo da escada representa a melhor vida possível para você. A base representa a pior vida possível para você. Em qual degrau dessa escada você diria que se sente neste momento?”.
O objetivo da pesquisa — que também analisa como o crescimento econômico, a expectativa de vida, a percepção da corrupção na política e outros fatores que influenciam na felicidade da população — é incentivar as nações a enfrentar a desigualdade e conservar o meio ambiente, independentemente de suas riquezas.
O Relatório Mundial da Felicidade é publicado há cinco anos e, desde então, os países nórdicos ocupam as melhores posições do ranking. A lista de países completa (em inglês) está divulgada a partir da página 22 do relátorio. Veja.
A divulgação do relatório nesta segunda-feira acompanha a celebração do Dia Mundial da Felicidade, comemorado em 20 de março.
Fonte: ” O Globo”
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