Um estudo mapeou o número de agtechs no Brasil, as startups ligadas ao agronegócio. No ano passado mais de uma startup foi criada por dia no país, mesmo com a pandemia de Covid-19. Os dados constam no Radar Agtech Brasil, realizado pela Embrapa em parceria com a SP Ventures e a Homo Ludens Research and Consulting.
A publicação traz distribuição geográfica, websites e contatos, segmento de atuação e categoria (antes, dentro e depois da fazenda). Foram identificadas 1.574 agtechs, um aumento de 40% se comparado ao ano de 2019. Desse total 199 startups desenvolvem soluções digitais para atender demandas das cadeias produtivas na etapa antes da fazenda, 657 desenvolvem inovações para dentro da fazenda e 718 trabalham com tecnologias para a fase depois da fazenda.
A maioria dessas startups atuam nas seguintes áreas: alimentos inovadores e novas tendências alimentares (substituição de ingredientes e alimentos mais nutritivos), sistemas para a gestão da propriedade rural (plataformas on-line, dispositivos de gestão), plataformas integradoras de sistemas e soluções de dados, marketplace e plataforma de venda de produtos agropecuários, drones e máquinas, sensoriamento remoto e monitoramento de imagens.
O setor de foodtechs, por exemplo, tem grande destaque para o empreendedorismo agropecuário, principalmente na categoria Alimentos inovadores e novas tendências alimentares, que representa quase 20% do total de startups mapeadas, “e tem muito empreendedor criando negócios nessa categoria, mas ainda é um campo difícil de conseguir investimento. O que tem atraído mais investidores são as agrofintechs e categorias de equipamentos, como drones”, como explica Murilo Vallota da SP Ventures.
O relatório aponta também a distribuição das startups por região, sendo que a maioria, 48%, está localizada na região Sudeste (983); seguido do Sul (397); Centro-Oeste (94); Nordeste (72) e, por fim, região Norte (26).
O radar também identificou o cenário de investimentos feitos nesse setor, e as 78 instituições que apoiaram com incubação, aceleração ou investimento, proporcionando aportes financeiros e/ou de gestão para 223 empresas de base tecnológica que atuam no Agro brasileiro.
Os dados do Radar Agtech Brasil 2020/2021 estão disponíveis para os usuários do site por meio de mapas, painéis dinâmicos e gráficos interativos, com uso de plataforma de BI (Business Intelligence) e podem ser consultados aqui.
A equipe coordenadora do estudo já trabalha na perspectiva dos dados a serem levantados para a próxima edição do Radar, quando pretendem analisar os impactos ESG (Ambiental, Social e Governança, sigla em inglês) que são gerados pelas empresas, tanto no âmbito socioambiental, quanto da gestão do negócio.
Fonte: “Agro Link”, 31/05/2021
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