O Brasil é a nação mais empreendedora entre os países que compõem o Brics. Com uma taxa de empreendedorismo inicial de 21%, os brasileiros superam os chineses em oito pontos percentuais. Índia e África do Sul têm, respectivamente, 11% e 9%. O porcentual de brasileiros que já têm uma empresa, ou que estão envolvidos na criação de uma, é superior ao de países como os Estados Unidos e a Alemanha.
Os dados são da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2015. Apoiado pelo Sebrae, e realizado pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), o estudo detectou que o Brasil atingiu nos dois últimos anos uma das maiores taxa de empreendedorismo inicial de sua história. “Acreditamos que esse número ainda apresente um incremento em 2016. Com o aumento do desemprego, mais pessoas procuram o empreendedorismo como forma de ganhar a vida”, destaca o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
Afif acredita que mesmo com a possível retomada da geração de empregos pelos pequenos negócios, 2016 será um ano marcado principalmente como aquele em que o empreendedorismo foi a solução para a geração de renda.
Em 2015, de cada dez empreendimentos, quatro foram abertos por necessidade. Em 2014, eram três. “Muitas pessoas que ficaram sem ocupação viram no empreendedorismo a solução para seu sustento. A crise estimula a abertura de empresas, mas a maioria continua sendo aberta por oportunidade”, ressalta Afif.
A pesquisa GEM ainda aponta que uma das características marcantes do empreendedorismo brasileiro é a igualdade de gênero. Os homens (21,7% deles) e as mulheres (20,3% delas) são igualmente ativos quanto às taxas específicas de empreendedorismo inicial. Na Índia, onde a desigualdade de gêneros ainda é marcante, a diferença entre essas taxas é expressiva: 13,7% dos homens são empreendedores iniciais, contra apenas 7,9% das mulheres.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias.
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