O Brasil dará nesta quarta-feira, 3, um importante passo para uma eventual entrada na Organização para o Desenvolvimento Econômico e Social (OCDE). Após uma negociação relâmpago para os padrões diplomáticos, o país assinará um acordo em Paris para aprofundar o relacionamento com a entidade, que reúne as principais economias ricas do mundo. Isso abrirá caminho para uma futura adesão formal ao organismo. Um dos argumentos de quem apoia a iniciativa é que a aproximação ajudará no crescimento econômico.
O documento vai estabelecer a base jurídica para o relacionamento entre o país e a OCDE e prevê, entre outros temas, detalhes sobre como serão feitas futuras contribuições financeiras do governo brasileiro à entidade. Na esfera econômica e diplomática, os dois meses de debate para o texto final são exaltados pela rapidez. Para diplomatas, a assinatura do acordo é entendida como o mais importante passo dado pelo Brasil rumo à futura adesão. Para a equipe econômica, há expectativa de que seja entendida como um movimento “amigável ao mercado”.
Grupo dos ricos
Apesar do interesse da OCDE em atrair o Brasil, certas áreas da diplomacia e do governo brasileiro mantinham distância da entidade, entre outras razões, pela leitura de que a organização era um “grupo dos ricos”.
Mesmo que com essa cautela, o Brasil se aproximou. Na educação, por exemplo, o país é o único não membro da OCDE no conselho do Programa Internacional de Avaliação de Alunos, o Pisa. Em Brasília, o principal argumento para a aproximação é que a OCDE está alinhada com o discurso de que o Brasil precisa melhorar o ambiente de negócios. A entidade estuda e incentiva políticas para o aumento da eficiência dos gastos públicos, da produtividade e da qualificação dos trabalhadores.
Fonte: O Estado de S.Paulo.
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