Evento realizado em BH pelo Instituto Millenium e o Instituto de Formação de Líderes aponta para necessidade de mudanças estruturais no país
Na terça-feira, dia 3 de abril, o Instituto Millenium e o Instituto de Formação de Líderes promoveram o seminário “Brasil: potência emergente”? O evento, realizado no Ibmec Belo Horizonte, contou com a participação dos economistas Rodrigo Constantino e Cláudio Shikida e do cientista político Marco Antonio Villa. A mediação foi do jornalista Merval Pereira. Assista aos momentos mais importantes do evento nos vídeos abaixo:
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*O áudio se regulariza antes da apresentação do especialista
Constantino falou sobre o tema “Fim ou renascimento do capitalismo? Lições da crise financeira mundial”. Segundo o economista, um dos principais problemas do modelo capitalista que entrou em crise é o fato dele ter se afastado do modelo liberal. “O epicentro da crise veio dos centros mais controlados pelo governo”, ressaltou. “Tenho receio dessa sanha regulatória. Meu medo é que pequem pelo excesso de burocracia”.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=LJ5uMacBDck[/youtube]
O economista Cláudio Shikida explicou ao público os fundamentos do liberalismo e a necessidade da criação de uma “agenda liberal” para o Brasil. Shikida destacou dados atualizados relativos à liberdade no mundo e mostrou como no Brasil ainda há um longo caminho para tornar o Estado mais eficiente e menos interventor.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=0LdUBeuywJo[/youtube]
Para Marco Antonio Villa, que apresentou o tema “O Brasil pode avançar sem reformas?”, quatro séculos de escravidão deixaram marcas profundas no país. E as dificuldades estruturais do país continuam não sendo enfrentadas de maneira séria e planejada. “Falta um olhar mais apurado sobre os problemas reais do país”. Para Villa, há um constante fracasso do país, no sentido político, desde 1985. “Ninguém imaginava que o José Sarney, um homem que lutou contra as diretas, assumiria o poder. Tivemos problemas econômicos sérios, como herança desse período. Ele entregou o Brasil com quatro dígitos de inflação, pois acreditava que a economia se resolvia a canetadas”, afirmou.
Historicamente somos um país que não produz conhecimento científico. Somos uma nação que sempre consome protudos importados. A base de tudo isto está na educação. A educação que incentive a curiosidade e o interesse pela ciências básica (física, matemática, química e biologia) e nível superior as pesquisas acadêmicas. Estamos classificados em sexto lugar em formação de mestrados e doutorados. São reprodução de pesquisas desenvolvidos pelos países desenvolvidos. A elite econômica, as empresas especialmente não tem preparo intelectual para investir em pesquisa.Assisti uma entrevista do dr. Silvio Meira que o último grande projeto científico desenvolvido pelo Brasil no setor de energia alternativa foi o PROALCOOL,na década de 70 e agora o Pré-Sal. É pouco. No blog dr. Silvio Meira, entrevista o prof. José Pallazo, afirma que precisamos de produzir 20.000 toneladas de grãos de soja para comprar 1.000 tonelada de chip. É um diferença brutal.