O Brasil ganhou uma posição no ranking mundial de competitividade, elaborado pelo IMD (International Institute for Management Development), em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). Mas não é um número a ser comemorado: o País apenas passou do 61.º para o 60.º lugar, numa lista de 63 nações.
“Sem promover as reformas necessárias, em um ambiente de alta turbulência política e incerteza econômica, o Brasil volta, em 2018, a perder oportunidades importantes para avançar nos rankings globais de competitividade”, avaliou Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC.
A mudança positiva no PIB e o momento em que os dados foram coletados explicam a melhora da posição em relação a 2017, a primeira do País desde 2010. Os EUA, por outro lado, têm se mantido no alto do ranking em todos os relatórios, subindo do 4.º para o 1.º lugar este ano.
Veja também:
Merval Pereira: Camisa amarela
Roberto DaMatta: Aprendendo com o Brasil
Sergio Vale: A preocupação do Banco Central com o câmbio
Um fator que qualifica positivamente a competitividade do Brasil é sua capacidade de atrair a atenção de investidores estrangeiros. Segundo a professora do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC, Ana Burcharth, “o Brasil se mantém entre os países com melhor perspectiva de investimento futuro”.
O desempenho econômico brasileiro subiu cinco posições, alcançando a 54.ª posição, em razão da melhora de indicadores como atividade local e preços. A eficiência do governo, porém, se manteve na 62.ª posição, à frente somente da Venezuela.
Fonte: “O Estado de S. Paulo”