Um estudo inédito da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EAESP) fez um balanço sobre o mercado de aceleradoras no país. O levantamento “O panorama das aceleradoras de startups no Brasil” foi conduzido pelo professor Newton Campos e pelo pesquisador Paulo Abreu e é um dos primeiros do tipo.
Uma das conclusões da pesquisa é que o mercado brasileiro de aceleradoras está consolidado. Hoje, o Brasil tem 45 aceleradoras e mais de mil startups aceleradas.
Dentro da amostra pesquisada, 865 startups passaram por aceleradoras, sendo 28 empresas em média para cada instituição. Considerando que a amostra cobriu 75% do mercado, os pesquisadores deduzem que mais de 1.100 já foram aceleradas.
Na média, são aceleradas sete startups por ciclo, em dois ciclos de aceleração por ano. O valor do investimento varia de R$ 45 mil a R$ 255 mil por empresa, totalizando R$ 51 milhões. Em contrapartida, algumas aceleradoras exigem uma participação mínima de 8%, na média.
O mercado está concentrado no Sudeste, especialmente no estado de São Paulo. Em seguida aparecem as regiões Nordeste, Sul e Norte. As áreas com mais empresas nos processos de aceleração são Tecnologia, Educação, Comércio e Serviços, Financeiro, Indústria, Agronegócio e Turismo. O tempo de vida médio das aceleradoras é de três anos e meio.
A maioria das aceleradoras tem metodologias próprias de seleção e nenhuma exige plano de negócios. Para 26%, o documento mais relevante no processo é o Business Model Canvas, incluindo proposta de valor, segmentos de clientes e fontes de receitas. Os motivos mais comuns que fazem uma empresa ser recusada na aceleração são equipe inadequada, demanda ineficaz e falta de escalabilidade.
Fonte: “Pequenas empresas & grandes negócios”.
No Comment! Be the first one.