Para o astrônomo Rafael Souza, uma reunião de cientistas não é sinônimo de congressos chatos: ele é o criador da Iniciativa de Astroestatística, projeto que, durante uma semana, reúne cientistas de diferentes países para desenvolver trabalhos de astronomia em uma casa compartilhada — desde estudantes até acadêmicos com vasta experiência participam da atividade.
“Quando você é uma pessoa nova no meio, nem sempre tem acesso às pesquisas da sua área”, diz o astrônomo, que atualmente reside em Budapeste, capital da Hungria, onde atua como pesquisador na Universidade Eötvös Loránd. “Chamamos pessoas de diferentes posições acadêmicas para participar. Ficamos na mesma casa trabalhando, e nos divertimos juntos.”
Em abril, Souza e quatro outros acadêmicos ganharam destaque da Associação Internacional de Astroestatística por desenvolverem uma pesquisa sobre grupos de estrelas que surgiram no início da formação da nossa galáxia e que podem fornecer algumas explicações sobre a sua origem. Na área da astroestatística, os pesquisadores utilizam inteligência artificial para lidar com dados de astronomia. “Existem fenômenos que ocorrem ao mesmo tempo no espaço e, com a estatística, conseguimos separá-los. Uma técnica convencional não seria capaz de lidar com isso.”
Fonte: “Galileu”.
No Comment! Be the first one.