Dos entrevistados, 93% reconheceram ainda os impostos sobre telefonia e vestuário
Falar sobre impostos é uma tarefa complicada, ainda mais no Brasil, onde pagamos impostos indiretos, cobrados sobre mercadorias e serviços, e diretos, pagos sobre a renda e o patrimônio, como carros e imóveis. Os tributos são tantos na nossa rotina que se fazem presentes toda vez que compramos algo na padaria ou supermercado, almoçamos em um restaurante, acendemos uma lâmpada, pegamos um ônibus, recebemos o nosso holerite e até quando morremos. Contudo, mesmo com a pesada carga tributária existente no bolso de todo brasileiro, uma pesquisa recente da Fecomércio RJ apontou que 25% da população não identifica o pagamento dos impostos no dia a dia, o mesmo registrado pela análise no ano passado, que ouviu 1.200 pessoas em 72 municípios.
Isso significa que a cada quatro indivíduos, um acredita que não paga impostos. No entanto, quando essas pessoas são encorajadas a reparar a incidência de tributos na hora de consumir algum produto, 96% reconheceram o pagamento sobre os gastos com energia elétrica e compra de alimentos. Em nota, o economista da Fecomércio RJ, Christian Travassos, disse que a parcela significativa de brasileiros que ainda precisa ser estimulada a pensar sobre os impostos incidentes na rotina diária representa um misto de desafio e oportunidade. “Quanto mais qualificado esse debate, mais próximos estaremos de uma solução”.
Dos entrevistados, 93% reconheceram ainda os impostos sobre telefonia e vestuário, 90% sobre produtos de saúde, 89% sobre serviços bancários e serviços pessoais, e 86% sobre combustíveis. Desde o começo do ano até hoje já foram pagos de impostos pelo povo brasileiro 1 trilhão, 238 milhões e 500 milhões aproximadamente, valor que daria para comprar cerca de 45.872.145 carros populares; pagar 82.702 meses a conta de energia elétrica de todos os brasileiros; e construir mais de 4.300.521 postos de saúde, segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT.
O IBPT é uma organização especialista no universo tributário brasileiro e conta com várias ferramentas que avaliam a incidência de impostos para pessoas físicas e jurídicas, como o Empresômetro; o Programa de Assessoramento Intensivo – PAI Empresarial; e o Impostômetro. Inclusive, a entidade lutou pela aprovação da Lei nº 12.741/2012, também conhecida como “Lei da Transparência”, a qual estabeleceu que, na nota fiscal ou documento equivalente, fornecida ao consumidor, deve constar, obrigatoriamente, o valor aproximado dos tributos federais, estaduais e municipais que incidem no caso e que influenciam na formação do preço do produto ou serviço. Para atender suas exigências, desenvolveu a solução gratuita “De Olho no Imposto”, possibilitando que todos os estabelecimentos informem a carga tributária em documento fiscal ao consumidor final.
De acordo com o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, essa legislação significou um marco para uma nova consciência do cidadão brasileiro, já que, até então, os impostos no Brasil eram escondidos. “Conhecendo os impostos é mais fácil de requerermos serviços públicos com a qualidade correspondente ao montante arrecadado”.
Fonte: IBPT
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