O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que a Casa irá “analisar e corrigir os erros” da Medida Provisória 975, enviada pelo governo para fomentar a concessão de crédito para médias empresas.
De acordo com Maia, o texto tem “erros parecidos” com o de outra medida provisória (MP 944), que estabeleceu um programa para financiar a folha de pagamentos com 85% de recursos do Tesouro Nacional, mas que teve baixa concessão. Dos R$ 40 bilhões inicialmente previstos, foram liberados até agora apenas cerca R$ 2 bilhões.
“Infelizmente, como todos sabem, apenas uma ínfima parte do dinheiro chegou na ponta. A grande maioria dos empreendedores ainda está sem acesso ao dinheiro”, disse Maia, em sua conta do Twitter. “O Parlamento vai corrigir o texto com urgência para que os bancos liberem de uma vez o crédito para os empresários”.
Últimas notícias
Agricultura digital vai crescer após pandemia
STF deve ter maioria para investigar fake news
Em troca de pacote emergencial, Estado de SP oficializa congelamento de salários
Na semana passada, o governo federal editou a MP 975/2020, que institui o Programa Emergencial de Acesso a Crédito, com garantia do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI). A linha criada pela MP vai atender empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões.
O texto autoriza a União a aumentar em até R$ 20 bilhões a sua participação no fundo, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para a cobertura das operações contratadas no âmbito do programa.
A avaliação no governo é que os bancos não estão concedendo empréstimos por temor de inadimplência e, com a garantia do FGI, isso será revertido.
Enquanto isso, o governo negocia no Congresso mudanças no programa de financiamento da folha de pagamentos. Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos, disse que o governo poderá permitir que empresas tomem crédito subsidiado para financiar o pagamento da folha de pagamentos com o compromisso de manter apenas 50% de seus empregados. Até agora, a exigência era de conservar 100%.
Fonte: “Estadão”