Na segunda semana da campanha eleitoral é possível perceber que a troca de farpas entre os candidatos que disputam o Planalto aumentou.
Obviamente, o alvo preferencial é Dilma, por conta de sua condição de favorita. José Serra disse que “Dilma é mais fraca que o PT” e que, ao contrário de Lula, ela não terá condições de controlar as alas mais radicais do partido.
Serra seguiu na linha dada pela revista “Veja”, onde o radicalismo de setores do PT ganhou matéria de capa na semana passada.
Agravando a linha escolhida por Serra, o candidato a vice-presidente Índio da Costa acusou Dilma de ter ligações com as Farc, entre outras bobagens.
“Todo mundo sabe que o PT é ligado às Farc, ligado ao narcotráfico, ligado ao que há de pior. Não tenho dúvida nenhuma disso”, afirmou.
Marina Silva destinou suas principais críticas ao governo, afirmando que há muito desperdício de recurso público com corrupção. É um discurso fraco para as massas e de apelo, apenas, para os eleitores mais esclarecidos.
Dilma Rousseff coleciona boas e más notícias. A boa é que o PP decidiu colocar à disposição da ex-ministra a infraestrutura da legenda (5.154 diretórios municipais, 1,2 milhão de filiados, 5.135 vereadores e 555 prefeitos).
Por outro lado, Dilma foi multada pela quarta vez pela Justiça Eleitoral. Durante evento público sobre o trem-bala, que vai ligar Rio-São Paulo-Campinas, Lula havia elogiado a ex-ministra.
A procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, investiga se Lula usou a máquina pública em favor de Dilma. Fazendo ressalva de que falava em tese, ela disse que esse tipo de gesto poderia resultar em cassação do registro de candidatura.
Repercutiu mal a declaração do secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, de que foi identificado o servidor que acessou as contas do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge.
Mas Cartaxo disse que não poderia revelar seu nome. A oposição protocolou requerimento na Câmara dos Deputados pedindo informações ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o episódio, como o nome do servidor, a data, o horário e a motivação.
Causou ainda embaraço o fato de o governo federal ter distribuído 215 mil cartilhas defendendo o voto em mulheres. O material continha discurso de Dilma Rousseff.
Embora tenha sido elaborado entre 2008 e 2009, foi impresso em maio deste ano, quando Dilma já estava confirmada como pré-candidata do PT.
Porém, nenhum dos contratempos tende a ameaçar a condição de favorita de Dilma. Evidentemente, a sucessão de problemas com a Justiça Eleitoral é problemática, porém, é difícil acreditar que possa resultar na cassação de sua candidatura.
A oposição não encontrou o tom ideal para atacar Dilma, já que criticar o radicalismo do PT é um discurso surrado.
Afinal, o PT está no poder há oito anos e o radicalismo foi controlado de forma razoável. E Dilma não é uma radical ideológica.
Atacar a questão da corrupção, como fez Marina, também não tem impacto. O momento é de grande satisfação com o governo e não temos nenhum escândalo na pauta.
Fonte: Jornal “Brasil econômico” – 20/07/10
o ponto alto da Campanha, até agora, ou seja, o troféu sandice, vai para a Imprensa,mais uma vez. Hilária a veiculação da construção de um submarino, pelas Farc. A indústria naval bélica mundial, nos deve uma resposta a altura da capacidade da ” organização terrorista”. Está lançado o desafio. Quer dizer então que as forças armadas ” encontraram um submarino (!!!!! ) na floresta? Putz, que sorte! Hahahaha, vai ser difícil arranjarem uma melhor. De qq forma, valeu. Foi mega engraçado.