O Instituto São José do Mocambinho, na periferia de Teresina, teve a maior média de redação do país no Enem de 2015, com 920 pontos – superando o também piauiense Dom Barreto e o cearense Antares. Mais uma escola do Piauí, o Educandário Santa Maria Goretti, completa o ranking acima de 870 de média. O estado ainda tem outros dois colégios no top 12 – que tem 8 nordestinos. Em sua edição de abril, Época NEGÓCIOS falou sobre a revolução da educação no Piauí.
Segundo a diretora do São José, Rosimar de Carvalho Bezerra Melo, a escola tem uma tradição de 24 anos na área, carga horária diferenciada e aulas em contraturno, além de oficinas voltadas para redação.
“Nós temos uma meta desde a educação infantil até o ensino médio, quando é intensificada a carga horária. Há oficinas técnicas com teoria, prática e reescrita dos textos. Os professores acompanham o desenvolvimento das habilidades para argumentação e resolução de problemas nas oficinas. As de redação são feitas três vezes por semana no contraturno das aulas, sempre com os alunos reescrevendo os textos”, explicou a professora.
Resultado
O aluno Italo Coelho, por exemplo, foi aprovado em três vestibulares e optou pelo curso de Medicina na Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Ele gravou um vídeo para a escola, dizendo que o instituto era “a sua segunda casa”. De acordo com Rosimar Coelho, a média de aprovação é de cem alunos por ano somente em universidades públicas. “Não somamos as faculdades particulares. A maioria não pode pagar a mensalidade delas.”
Ela observa que a instituição funciona em uma região de baixo nível socioeconômico e tem uma mensalidade que fica em um terço do valor das outras escolas renomadas, como o Dom Barreto e o Santa Maria Goretti. “Temos uma missão e estamos mudando a realidade. Estamos formando cidadãos. Quem lê bem, escreve bem e interpreta bem. Essas são habilidades importantes para a vida.”
Fonte: Época.
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