As novas regras eleitorais vão permitir pela primeira vez que futuros candidatos comecem a arrecadar recursos para a campanha mesmo antes do prazo de registro de candidatura. Se em agosto o postulante for impedido de disputar, terá de devolver todo o valor para seus doadores. As vaquinhas virtuais (crowdfunding) e os jantares de arrecadação estão liberados a partir de 15 de maio, mas esses valores só poderão ser usados na época da campanha. Outra novidade é que os partidos devem receber também antecipadamente o fundo eleitoral.
Fatiando. O TSE vai ter acesso aos valores do fundo eleitoral até 1.º de junho e repassar aos partidos quando as siglas definirem como desejam distribuir o bolo.
À espera. Presidente do TSE, Luiz Fux vai baixar uma portaria nos próximos dias regulamentando a distribuição do fundo. Como não haverá financiamento empresarial, candidatos esperam terminar a campanha com menos dívidas.
Cofre cheio. Criado este ano, o fundo eleitoral garantirá R$ 1,7 bilhão para as campanhas. O fundo partidário também poderá ser usado para financiar candidaturas, assim como recursos próprios dos postulantes.
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Com pressa. O presidente Michel Temer deve anunciar Eduardo Guardia na Fazenda até terça-feira, dia em que Henrique Meirelles se filia ao MDB. Não quer passar a sensação de que a pasta ficará sem comando.
Metas. Ao ser escolhido para presidir o BNDES, Dyogo Oliveira recebeu a missão de ampliar a gama de produtos e se aproximar mais do mercado financeiro privado. Temer pediu que trate o banco com mais carinho que Paulo Rabello.
Ops. A nota oficial do Planalto para defender Temer das investigações errou ao informar a Lei dos Portos. Trouxe o número 8.830 de 1993 quando, na verdade, a legislação é a 8.630/1993.
Disfarça. Quem visitou Temer no domingo relata que ele está menos zangado. A mudança de humor se deu pela soltura dos amigos presos na Operação Skala.
Vira a página. Um ministro diz que o assunto “portos” já está superado.
CLICK. Às vésperas do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula, cartazes foram instalados em grades do STF convidando o público a pressionar pela prisão.
Bate ponto. Parlamentares petistas que faltaram a sessões na Câmara e no Senado para acompanhar a caravana de Lula pelo Sul poderão ter os dias descontados do salário.
Recado dado. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) avisou que não vai abonar faltas justificadas como “atividade política”. “Senão não vai dar quórum na Câmara nunca mais na vida”, argumentou.
Regra. Tem direito a abono regimental automático líderes partidários, presidentes de legendas, membros da Mesa Diretora e ex-presidentes da Casa. Os outros deputados precisam do aval do presidente da Casa.
#sóquenão. Por ser líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), que acompanhou Lula na maioria das atividades, conseguiu abonar pelo menos cinco faltas.
#sóquenão2. A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR) também usou como a justificativa a participação em “atividade política/cultural” para não levar falta na sessão do último dia 21.
Na estrada. O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) vai intensificar, em junho, suas agendas públicas no Nordeste, região em que amarga os índices mais baixos de intenção de votos e onde Lula, seu principal adversário, lidera com folga.
Indeciso. Apesar de a negociação ter avançado, o ex-ministro Joaquim Barbosa deve esperar até o último momento para se filiar ao PSB. A expectativa é que isso ocorra na sexta, mas pode se arrastar até o sábado, data final para a filiação.
Fonte: “O Estado de S. Paulo”