Uma pesquisa da Accenture apontou que 80% dos tradicionais cargos na área de finanças não existirão em cinco anos. E a culpa não é só das crises, que forçam esses profissionais a entregar cada vez mais com menos, mas das novas possibilidades abertas por tecnologias como análise avançada, computação em memória, robótica e inteligência artificial.
“O mundo digital eliminou etapas, o que não quer dizer que simplificou para o bem. No futuro, os profissionais de finanças vão gastar 45% de seu tempo não com ativos, mas administrando decisões-chave”, disse David Axson, diretor-geral da Accenture, durante o Modern Finance Experience, em Boston.
No congresso, executivos explicaram que a tecnologia colocou, como nunca antes, a decisão do presente e do futuro das organizações nas mãos do CFO, em tempo real. “Ele era o controlador de gastos. Hoje, é o responsável por planejamento, cadeia de fornecedores, segurança cibernética. É quem pode liderar a empresa para inovar”, disse Kimberly Ellison-Taylor, diretora de estratégia global da Oracle. “O problema é que as universidades, mesmo em Harvard, ainda formam financistas tradicionais.”
E o que seria um financista não tradicional? Um profissional com visão mais analítica e menos técnica, menos controller e mais criativo, menos administrador e mais cientista de dados. Como se o novo CFO precisasse deixar os bastidores para atuar na linha de frente ao lado do CEO. “Em finanças, quando você entrega o balanço, o trabalho está só começando”, lembrou Axson.
Fonte: “Época”
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