A cada dois anos, a complexidade do sistema eleitoral brasileiro dá ao cidadão uma difícil missão: o voto consciente. E tanto o grande número de candidatos e partidos quanto o caráter obrigatório do comparecimento às urnas fazem com que esta complexidade se agrave ainda mais. É o que acredita o engenheiro civil e especialista do Instituto Millenium Roberto Motta. Durante o lançamento de seu mais novo livro “Jogando para ganhar”, na última terça-feira, no Rio de Janeiro, Motta conversou com a equipe do Imil sobre representatividade política. Assista abaixo:
“A maioria dos brasileiros não se vê representada pelo Congresso Nacional”, avalia o especialista. Neste cenário, é importante que o eleitor vote, em outubro, não de acordo com as promessas dos candidatos, mas sim com a noção de representação de valores: “Não vote em alguém que promete reformas fantásticas ou um aumento para a categoria da qual você faz parte, vote em alguém que tenha a coragem de dizer que representa os valores que você representa, os valores que você honra na sua família, no seu trabalho e atividades”, aconselha Motta.
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O escritor falou também sobre a crise na segurança pública em âmbito nacional que, segundo ele, foi criada ao longo das últimas três décadas devido a “degradação da legislação penal e da capacidade da polícia”. Problema que seria resolvido com a reinvenção da polícia, a retomada do controle dos presídios e alterações profundas da legislação penal.