Diferença salarial pode chegar a US$ 33 mil em algumas instituições do Reino Unido
Um relatório sobre os mais recentes salários de cientistas em universidades britânicas apontou que professoras de ciência recebem milhares de libras a menos do que os seus colegas homens, apesar de realizarem funções semelhantes. Elas são pagas, em média, cerca de US$ 7,8 mil (£ 5 mil) a menos que eles para um cargo de professora universitária em ciências. No entanto, em algumas instituições acadêmicas como a Universidade de Bristol e a London School of Economics (LSE), a diferença pode chegar a em torno de US$ 33 mil (£ 21 mil).
Cientistas acadêmicos do sexo masculino são muito mais propensos que as mulheres a chegarem ao topo da profissão, em cargos mais altos. Uma vez lá, eles provavelmente vão ganhar mais, segundo dados salariais lançados após a solicitação de liberdade de informação para mais de 90 universidades do Reino Unido.
Na LSE, por exemplo, os 50 professores nos departamentos de matemática, geografia e economia ganham uma média de US$ 183 mil (£ 117 mil) por ano, enquanto as nove professoras nos mesmos departamentos ganham um salário médio anual de US$ 150 mil (£ 96 mil).
Os 126 professores na Faculdade de Ciências da Universidade de Bristol ganham uma média de US$ 143 mil (£ 91.500), enquanto as 11 colegas recebem apenas US$ 110 mil (£ 70.300), em média, de acordo com um relatório publicado no “The Sunday Times”.
A diferença salarial entre gêneros, no entanto, não parece ser tão grande em outras universidades. Tanto Oxford quanto Cambridge oferecem salários similares aos professores de ciência do sexo masculino e feminino, embora os homens nesse grau acadêmico em Oxbridge ainda superem as mulheres em quantidade – por cerca de seis ou sete para um.
A professor Uta Frith, uma cientista chefe da igualdade e da diversidade na Royal Society, condenou a discriminação de gênero nos salários em universidades como “vergonhoso”.
“Acho que os dados mostram bastante conclusivamente que acima de quaisquer outras diferenças, o gênero é um fator. Eles mostram também que algumas instituições têm se livrado dessa vergonhosa diferença, enquanto outras não”, disse Uta.
Um porta-voz da Universidade de Bristol disse que homens evoluíram historicamente para um nível profissional mais elevado do que as mulheres, o que significa que mais deles alcançaram maior escala de pagamento pelo mesmo grau, que é baseado no tempo de serviço e na experiência.
Fonte: O Globo
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