O Banco do Brasil começou 2022 reforçando sua estratégia para as empresas nascentes, especialmente as com modelos de negócios inovadores e pegada “tech”, sejam do setor financeiro (fintechs), do agronegócio (agtechs), do setor público (govtechs) ou outros segmentos, como educação e marketing. Para colocar recursos nessas empresas, o banco está estruturando dois novos fundos de investimento em participação, em uma área dentro do BB que tem um programa global de investimento de R$ 200 milhões, valor que pode aumentar dependendo dos resultados.
O tamanho das duas novas carteiras está ainda em discussão, mas a estratégia do BB é deixar os fundos com gestoras independentes, que conhecem o mercado de inovação e as empresas nascentes. Um fundo vai ficar sob gestão da MSW Capital, especializada em startups, e o outro com a Vox Capital, gestora especializada em investimentos de impacto. Pela estratégia, as gestoras vão procurar as empresas para investir, mas o BB também vai dar seus pitacos. O banco criou um portal para atrair empreendedores e vai encaminhar aos gestores as empresas que procurarem o banco.
O programa de venture capital (como são conhecidos os fundos que compram participação em empresas nascentes) do BB tem foco em empresas bem novas, nos estágios “semente” ou “série A”, aquelas já com alguma musculatura, conta o diretor de negócios digitais do banco, Pedro Bramont. A condição é que já tenham receita, algum produto testado e clientes. Outra meta é buscar startups que tenham sinergias com os negócios do Banco do Brasil e, se tiverem compromissos de governança, ambientais ou sociais (conceitos que formam a sigla ESG, em inglês), melhor ainda.
Antes de estruturar esses dois novos fundos com as duas gestoras, o BB já havia feito aporte em três outros fundos de venture capital, da Astella Investimentos, da SP Ventures e uma carteira da Indicator Capital.
Fonte: “Estadão”, 12/01/2022
Foto: Ed Ferreira/AE