Devem existir três condições para que o presidencialismo multipartidário funcione de forma adequada. É o que defende o cientista político Carlos Pereira, professor da Fundação Getulio Vargas e especialista do Instituto Millenium. Chefe do Poder Executivo constitucionalmente forte é uma delas. “Um presidente capaz de agregar, de ser o amálgama do jogo, aquele que propõe a agenda e a controla”, explica Pereira, durante o II Seminário Internacional promovido pelo programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). Outra condição se refere às ferramentas de troca, fundamento para que as coalizões perdurem e gerem governabilidade. “Não só aqui no Brasil as coalizões pós- eleitorais são forjadas em cima de benefícios em troca de suporte político. Quanto mais as ferramentas de troca forem institucionalizadas, mais funcional será esse presidencialismo multipartidário”, afirma o cientista político. A terceira condição para se obter uma boa atuação do presidencialismo multipartidário é contar com uma rede de instituições de controle forte – tais como tribunais de contas, Ministério Público, Polícia Federal e mídia livre e investigativa. “Com a combinação desses três elementos, o presidencialismo pode funcionar com equilíbrio”, diz Pereira. Quer entender mais sobre a democracia? Assista ao vídeo e clique aqui para ler o conteúdo que Carlos Pereira apresentou na PUC-Rio.
“Nós podemos revalorizar a política”
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