Qualquer empreendedor sonha com o sucesso – mas todos sabem como pode ser desafiador para alguns negócios completar cada ano a mais de vida. Segundo o IBGE, no Brasil, 60% das empresas fecham em apenas cinco anos após sua abertura. É por isso que uma empresa com mais de três décadas de existência merece atenção e serve como inspiração no cenário brasileiro: é o caso da Leucotron, sediada em Santa Rita do Sapucaí, polo tecnológico no Sul de Minas Gerais.
Fundada em 1983, a mudança e a reinvenção sempre fizeram parte de sua história. Originalmente, ela nasceu para produzir equipamentos para laboratórios de análises clínicas – daí o nome Leucotron. Mas, pouco tempo depois, em 1988, mudou radicalmente o foco e entrou no mercado de telecomunicações com o lançamento de um PABX eletrônico que resolvia necessidades de pequenas e médias empresas.
“Isso aconteceu porque percebemos que o mercado a que estávamos nos dedicando antes não era tão grande e a criação de novos produtos para análises clínicas demandaria conhecimentos que iam além de nossa expertise”, explica o sócio, Marcos Vilela. “Na época, percebemos uma oportunidade na área de desenvolvimento de PABX e, como eu e meu sócio temos formação em telecomunicações, decidimos seguir por esse caminho”.
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Desde então, a Leucotron vem atuando em todo o país e se tornou referência em telefonia IP e convencional. Atualmente, continua no ramo de comunicação para empresas, mas se mantém sempre em movimento e se adaptando de acordo com as novidades. Hoje, com 160 funcionários, a companhia comercializa uma ampla gama de soluções, desde softwares e terminais telefônicos até aplicativos para auxiliar a administração de negócios.
Atenção à gestão
Para se manter competitiva e relevante em um cenário de constante mudança, a Leucotron dá uma lição importante: prestar muita atenção à gestão. Isso significa, por exemplo, se reciclar e buscar informações continuamente para adotar as melhores práticas em RH, vendas e finanças. Participar de programas de aperfeiçoamento e capacitação nessas áreas é muito enriquecedor, segundo Vilela.
“Implementar boas práticas é trabalhoso, envolve um esforço grande. Mas com isso conseguimos ter muito aprendizado e atingimos um bom nível de gestão”, diz o sócio. “Nós também sempre buscamos desafios. Por muitos anos, por exemplo, participamos de importantes listas das melhores empresas para trabalhar. Tudo isso ajuda a manter a empresa atualizada.”
Adotar uma postura financeira mais conservadora também pode ser uma estratégia válida para garantir a sobrevivência da companhia no longo prazo. É assim que a Leucotron se comporta. “Se fôssemos mais arrojados em gestão financeira, talvez fôssemos maior que somos hoje, mas também poderíamos não existir mais. O país passa por muitos altos e baixos e crises repetitivas, então é preciso cautela para que as finanças da empresa estejam bem”, alerta Vilela.
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Abertura às novas tecnologias
Com novidades que surgem em velocidade cada vez mais acelerada, as novas tecnologias são um grande desafio para qualquer empresa. Por esse motivo, estar atendo às mudanças e disposto a se adaptar já não é importante – é indispensável. Não há outra opção.
“Estamos vivendo a era das startups que, de um dia para o outro, criam soluções disruptivas e fazem com que as empresas de todo um segmento tenham que se reinventar”, pondera Vilela.
O sócio da Leucotron ressalta que para criar estratégias rápidas de resposta a essas demandas e viabilizar novos projetos é importante ter dinheiro próprio em caixa – e aí, novamente, está a importância de ter uma boa gestão financeira, como citado anteriormente.
Cliente é tudo
Independentemente do cenário e de qualquer mudança disruptiva que esteja acontecendo na sociedade, saber reconhecer a importância do cliente faz a diferença para a sobrevivência de qualquer negócio. No caso da Leucotron, que é B2B, isso não é diferente.
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Ao longo de sua trajetória, ela sempre colocou as necessidades do cliente em primeiro lugar e isso se reflete em bons resultados. Marcos Vilela ensina: “Não adianta ficar pressionando o cliente com contratos rígidos demais, com multas, por exemplo. Nós sempre procuramos tratar nossos clientes como gostaríamos de ser tratados. Temos que fazer um trabalho de qualidade e que gere valor. Isso é algo que prezamos”. Os 150 mil clientes conquistados em 36 anos de história agradecem. Vida longa!
Fonte: “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”