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Os pagamentos instantâneos vão chegar antes do esperado. O Banco Central antecipou o lançamento do PIX, seu sistema de transferências e pagamentos instantâneos entre carteiras digitais, de novembro para outubro deste ano.
Algumas startups já estão de olho na necessidade de as empresas se adaptaram a um mundo de transações sem custo e com funcionamento 24h por dia. É o caso da Axis, plataforma que oferece a conexão de bancos, corretoras e fintechs ao PIX.
Assumindo o trabalho de montar essa infraestrutura financeira, a Axis já começou seus esforços comerciais. A pandemia não apenas acelerou o interesse pelos pagamentos digitais, mas também a disponibilidade de bons profissionais para criar a nova fintech.
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O cofundador Yan Tironi tem mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro. Em 2016, decidiu empreender no ramo de fintechs. Cofundou negócios como o meio de pagamentos para eventos ZigPay e a plataforma de serviços bancários white label BBNK. “Quando começou a se falar de PIX, ficou claro para mim que as fintechs poderiam adotar duas posições. Algumas irão dedicar time e tempo para desenvolver uma solução própria e depois fazer sua manutenção constante. Outras comprarão uma solução pronta com essas atualizações regulatórias.”
Segundo Tironi, a China mostra o potencial de transferências e pagamentos instantâneos. “Houve uma transição direta entre pagamento em dinheiro e pagamento em QR Codes. O cartão foi descartado diante da conveniência dessa inovação”, diz.
A Axis foi desenvolvida por três meses junto da Cubos Tecnologia, software house que se tornou sócia da fintech. O investimento foi superior a R$ 2 milhões.
A pandemia ajudou na contratação de bons profissionais de tecnologia, diante de ondas de demissões em diversas outras empresas. A Axis tem mais de 20 funcionários.
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Este momento também ajudou na preparação de mais consumidores a um mundo de transações digitais. “Milhões de pessoas se bancarizaram para receber o auxílio emergencial. Foi um movimento forçado que fez vários brasileiros terem uma conta digital, a base para utilizar o PIX. O desafio agora está na comunicação dessa solução como a mais prática e ainda segura.”
A Axis está em fase de testes, preparando-se para o lançamento oficial em outubro deste ano. O próprio BBNK se tornou o primeiro divulgador da fintech: dos 100 clientes atendidos pela BBNK, metade mostrou interesse em adotar recebimentos via PIX. A Axis já começou esses esforços comerciais. A expectativa é captar mais de R$ 10 milhões em futuros aportes.
A fintech fornece seu software por meio de mensalidade, modelo conhecido como SaaS. De acordo com o cofundador, o Banco Central está fornecendo um guia de como operar e cobrar pela transação em si — o pagamento deverá recair sobre quem o opera, assim como o cartão de crédito cobra dos estabelecimentos. Enquanto o PIX vai mostrando seus detalhes, as fintechs já se preparam — em outubro, os MVPs devem virar negócios.
Fonte: “Pequenas Empresas, Grandes Negócios”