A cada dez brasileiros, três têm uma empresa ou estão envolvidos na criação de um negócio próprio. Ter uma boa ideia, no entanto, não é sinônimo de sucesso no empreendimento. E a falta de capital é uma das principais dificuldades encontradas pelos empreendedores no primeiro ano de atividade, conforme pesquisa do Sebrae.
Para especialistas, ter recursos próprios para abrir e manter a empresa até que ela possa andar com suas próprias pernas é o melhor dos mundos. Mas como nem sempre isso é possível, há no mercado uma série de alternativas de investimentos para garantir a sobrevivência do negócio até que ele comece a deslanchar.
“Os empreendimentos que já possuem alguns clientes iniciais, portanto faturamento, podem acessar o sistema bancário, colocando os recebíveis ou outros ativos como imóveis e máquinas como garantia para o pagamento. Aqueles com grande potencial de crescimento conseguem aportes de fundos de capital empreendedor, que agregam estratégia, gestão e governança, além do recurso financeiro”, explica Gustavo Junqueira, general partner da Inseed Investimentos.
Veja mais:
Sem fiador? Sem problemas! Conheça o QuintoAndar
Startup transforma lixo em artigos de moda
Investimento em ‘campeãs invisíveis’
Para o especialista em direito empresarial Mateus Leite, a época é promissora no que diz respeito a crédito para os negócios. “Há opções que vão desde empréstimos até a possibilidade de ter sócios que entrem com o capital.”
Entre as alternativas ele cita o equity crowdfunding, plataformas para financiamento coletivo pela internet para empresas com faturamento de até 10 milhões de reais. A medida foi regulamentada em julho do ano passado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e permite captar investimento por meio de plataformas de financiamento colaborativo com a dispensa de registro.
Ainda na linha dos aportes que serão pagos com participação no capital da empresa tem o investimento anjo, normalmente feito por pessoa física com capital próprio em empresas novas com grande potencial de crescimento. A injeção de recursos vem acompanhada de orientações sobre o negócio, mas sem que o investidor tenha papel operacional. Nesta modalidade, o investimento não superar limite de 1 milhão de reais com prazo de até sete anos para o anjo permanecer no negócio.
O empreendedor pode optar também por empréstimos em instituições financeiras para tirar o projeto do papel. Linhas de crédito com recursos governamentais têm subsídio e, portanto, taxas de juros mais baixas.
Fonte: “Veja”