Impedido de cortar gastos obrigatórios, como previdência e folha de pagamentos, governo dá tesouradas nos investimentos em infraestrutura, classificados como gastos discricionários, e compromete ainda mais a já combalida economia brasileira, segundo o economista Raul Velloso.
Velloso afirma que a imobilidade do governo reflete diretamente na percepção dos investidores sobre a situação da economia brasileira. “Há uma perda de confiança na capacidade do governo gerir suas dívidas. Convivemos com a ameaça de calote da divida pública”.
Nesse podcast, o economista afirma ainda que o país pode reviver um cenário de hiperinflação caso os gastos sejam mantidos nos níveis atuais. “Esse é o grande risco de não mexer nos gastos”.
Velloso é pessimista em relação aos rumos da economia brasileira em 2016. “Os sinais não são muito favoráveis. Tudo indica que vamos ter mais um ano recessão se as complicadas questões políticas não forem equacionadas, retomando a confiança dos investidores”, conclui.
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