A Companhia Paranaense de Energia (Copel) assinou contrato para aquisição total do Complexo Eólico Vilas, com 186,7 MW de capacidade instalada. O valor total da transação é de R$ 1,06 bilhão, sendo que o empreendimento possui financiamentos de longo prazo, com vencimentos até 2040, contratados com o Banco do Nordeste (BNB).
Segundo a Copel, a aquisição faz parte da estratégia de crescimento sustentável em energia renovável, amplia a diversificação da matriz de geração e está totalmente aderente à política de investimentos aprovada no início deste ano.
De acordo com o fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o empreendimento estará totalmente em operação até a data de fechamento da aquisição.
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Os ativos adquiridos são formados por um conjunto de cinco parques eólicos, atualmente pertencentes à Voltalia Energia do Brasil, localizados em Serra do Mel (RN), região considerada como uma das melhores do mundo para a geração de energia de fonte eólica, o que permite um elevado fator de capacidade de energia.
A empresa acrescentou que parte da eletricidade gerada pelo empreendimento já foi comercializada no mercado regulado, com início do fornecimento em 2023 e 2024 e pelo prazo de 20 anos, enquanto no ambiente livre cerca de 51% da energia certificada já estão contratados até 2030, restando 13% de energia disponível para novos contratos.
Força dos ventos
Com a aquisição, a capacidade instalada de geração eólica da Copel será incrementada em 29%, com a mesma estrutura de gestão operacional, permitindo assim uma sinergia operacional com demais empresas do grupo que compartilham a mesma estrutura.
“Com a adição de capacidade, a fonte eólica passará a representar 13% do portfólio de geração de energia da Copel, o que traz benefícios ao portfólio com o incremento de energia incentivada e a redução da exposição ao risco hidrológico (relacionado à principal fonte de geração de energia do País)”, aponta a empresa.
A aquisição está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), credores e outras condições precedentes usuais para esse tipo de operação, incluindo a operação comercial de todos os parques.
O fechamento da operação está previsto para ocorrer em 30 de novembro, após as aprovações necessárias.
Fonte: “Estadão”, 18/05/2021
Foto: Divulgação/Copel