O jornal “O Globo” desta segunda-feira aponta o preocupante esquema das milícias para as eleições municipais do Rio de Janeiro. De acordo com a Secretaria de Segurança fluminense, os paramilitares mantêm 184 áreas em todo o estado, onde criam estratégias para se beneficiarem do domínio territorial no período eleitoral.
Segundo a publicação, o Conjunto Habitacional Dom Pedro I, em Realengo, é um exemplo de curral eleitoral da milícia. Os moradores da região afirmam que os paramilitares exigem o pagamento de uma taxa para permitir que políticos façam corpo a corpo no conjunto, antes reduto do tráfico de drogas.
Episódios como esse levaram o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a criar uma força-tarefa para combater a atuação do crime organizado. O grupo especial conta com representantes da Secretaria de Segurança, da Polícia Federal, do Comando Militar do Leste e do Departamento de Polícia Rodoviária Federal. A primeira reunião do grupo acontecerá na próxima terça-feira e a pauta principal será a série de ameaças relatadas por candidatos às eleições.
A possibilidade de identificação do voto nas urnas eletrônicas brasileiras, recentemente demonstrada por uma equipe da UnB, é mais um fator que reforça o desenvolvimento de currais eleitorais. Como já aconteceu nas eleições municipais de 2008 lá no Rio, os eleitores desses currais serão coagidos sob a ameaça do voto não ser mais secreto.
Vejam em:
http://www.viomundo.com.br/denuncias/diego-aranha-fragilidade-de-urna-brasileira-abre-caminho-para-voto-de-cabresto-digital.html