Pensar o futuro do trabalho, no momento em que o alcance das redes de comunicação, a capacidade de processamento computacional e o baixo custo de equipamentos e ferramentas causam a maior transformação na humanidade desde a revolução industrial, é interessante e por demais relevante.
O que acontecerá com as pessoas que realizam atividades que estão em vias de serem substituídas por sistemas computacionais, pernas e braços robotizados? Até aonde o impacto da inteligência artificial será sentido? Como devemos, cada um de nós, investir nossos esforços e educar nossos filhos para evitar a obsolescência frente às novas tecnologias, mais baratas e precisas?
Exemplos não faltam: lojas que funcionam com pouquíssimos atendentes onde o cliente mesmo processa suas compras em máquinas registradoras, depósitos controlados por robôs que colocam e retiram produtos nas prateleiras sem jamais perder algo “de vista” e, em breve, automóveis autônomos (robôs) que, com o auxílio de sensores e computadores, se locomovem de forma mais segura e nunca se cansam. Só nestes três exemplos, elimina-se o trabalho de vendedores, estoquistas e motoristas, quiçá muitos outros indiretamente.
A boa notícia é que, na medida em que evolui, a humanidade cria novos tipos de atividades, absorvendo a parcela de trabalhadores que vê seu espaço desaparecer. Há muita gente, hoje, ocupada com atividades que não existiam há 50 anos. Tomara, para garantir o equilíbrio social do planeta, que assim seja no próximo meio século.
Daqui de 2016, já dá para ver que o mundo caminha para usar arranjos produtivos mais flexíveis e criativos que o departamento de uma empresa e sua tradicional estrutura hierárquica. Esses arranjos serão feitos, desfeitos e refeitos, projeto a projeto, sempre buscando o trabalho colaborativo entre pessoas que tenham algo a contribuir para o objetivo em questão.
A pessoa (profissional) que desenvolve a sua capacidade de comunicação, relacionamento, atitude e pensamento global está mais preparada para participar desses novos arranjos. Contudo, sem contar com a proteção das quatro paredes dos cubículos das empresas, este profissional vive num clima de hiper competição, tendo que se virar para se manter atualizado, desejado, especial.
O profissional do futuro (do presente) é mais tolerante ao risco e se reinventa várias vezes ao longo da vida, ocupando parte do seu tempo fazendo algo, parte vendendo mais deste algo, parte se educando para vender algo novo. Em outras palavras: um empreendedor de si mesmo, que vê o mundo todo como o seu mercado.
No Comment! Be the first one.