Comissão ou Conselho, divisão ou sucursal, enfim, organismos que buscam alguma coerência sobre os objetos de seus interesses precisam entender que estudar e investigar são ações distintas por essência, até porque consequentes.
Nas ocasiões em que instituição se presta à busca da verdade, ou está investigando em nome do interesse popular, ou está fiscalizando em nome do povo – ações similares, porem, distintas.
A imprensa, o jornalismo, cujo diploma acadêmico foi dispensado, mas cujas disciplinas básicas se prestam a distinguir boatos, dados, informação, fonte e provas, mostram seu valor necessário nos bancos da universidade. E precisam de gestão concisa. No que for possível, desvinculada do poder, mormente do poder econômico.
Vivemos em um país no qual as concessões dadas à imprensa e seus veículos são controladas pelo poder político e monetário. Nada tão diverso do que ocorre nas demais repúblicas antes adjetivadas com o pronome “banana”. Mesmo assim, tal quadro é bastante indigno aos que pensam a política, a moral, a sociologia e demais ciências básicas como insumos ao livre pensar.
Como toda regra tem sua exceção, e na democracia do Novo Mundo da internet, o livre pensar se mostra mais presente, minhas palavras talvez não sofram censura.
Assim, longe, bem longe dos apocalípticos do fim do mundo em 2012, ou do fim de algum sistema econômico ou governamental, invisto em um pensar isento de extremos, direitos ou esquerdos, tampouco de centro, que nada diz. Centro já deixou de ser coerência ou ponderação. Centro é quase covardia.
Ousemos dar um passo adiante. Ousemos entender que facções radicais do capital ou das comunas não têm mais o mesmo rosto. Ambas manifestam novos rostos, ainda que defendam anseios antigos, baseados em falhas dos sistemas originais – ou o abandono do básico, ou o excesso de limitação individual.
Entendidos tais pressupostos, precisamos nos tornar intérpretes do tempo e dos pensamentos intelectuais, ou seja, pensamentos científicos – com ou sem empirismo, mas que se prestam à evolução – comprometidos com o bem comum.
Bem comum é um dos conceitos mais complexos que existem no meio acadêmico. Bem comum, na essência do que estudamos, parece ter um conceito mais aceito quando diz que “é a possibilidade de todos e de cada um de atingirem seus fins (objetivos de vida) sem causar danos aos demais”.
Portanto, olhemos cada um de nós e todos nós, para dentro de nós. Como indivíduos e comunidade. Estamos aptos a exigir a mesma justiça para conosco e nossos amados, assim para com quem pratica os mesmos crimes conosco? Estamos prontos a não pedir diferença de tratamento para ilícitos comuns a todos os seres humanos – independente de ser parente ou não?
Podemos exigir que a imprensa noticie apenas o que tange à família dos outros e não a nossa? Temos consciência moral para arcar com as sanções sociais decorrentes da condenação daqueles que mantém conosco laços sanguíneos?
Em termos de publicidade e imprensa, somos todos o primeiro veículo de difusão do que exercemos e defendemos, ainda que inconscientes disso. Logo, devemos ter mais atenção no que propagamos e defendemos, no mínimo, pela coerência.
Será que dentro de nossas famílias não existem mensalões e propinas? Será que não existem déspotas que comandam a prole isentos de punição legal? E a maioria? Está de fato e direito isenta nos assuntos que tocam os mais fracos? Ou a minoria dentro da família continua desamparada?
Os Três Poderes e suas funções são apenas desdobramentos de nossas casas e famílias.
Quem almeja um Estado forte e coerente, precisa pregar a coerência dentro de casa. A célula mater de qualquer sociedade é a família. Família forte forma País forte.
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