Em junho deste ano, dez meses depois da Operação mãos Limpas da Polícia Federal, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Amapá aumentou a verba indenizatória paga a deputados estaduais para R$ 100 mil mensais. Ela é quase sete vezes maior do que os R$ 15 mil pagos aos deputados federais e quase três vezes mais que os R$ 39 mil da segunda da lista, a Assembleia Legislativa de Alagoas. Caso façam uso de toda verba, os 24 deputados estaduais irão gastar R$ 26,4 milhões por ano.
Também chama a atenção o fato de o presidente da Casa, deputado Moisés Souza (PSC), e o primeiro secretário, Edinho Duarte (PP), que comandaram a mudança, estarem entre os principais acusados no inquérito das Operações Mãos Limpas, que investiga esquemas paralelos de fabricar notas frias para desviar verbas públicas e justificar despesas.
“Pode parecer muito, mas juntamos todas as despesas de um deputado com viagens, diárias, combustível, etc., em um único tipo de verba. Nas outras assembleias e na Câmara dos Deputados essas cotas são separadas. Se somadas, ficam maiores que as nossas”, defende-se o deputado Moisés de Souza, presidente da Assembleia.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 10/10/2011.
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