O Conselho Federal de Economia (Cofecon) estima que o Brasil deve perder mais de um milhão de empregos neste ano.
De acordo com a entidade, o desemprego no segundo semestre será pior. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho mostram que foram fechadas 345 mil vagas com carteira assinada no primeiro semestre do ano.
O desempenho ruim nos primeiros seis meses do ano é um sinal de um segundo semestre ainda pior, uma vez que, em condições normais, a criação de emprego é maior no primeiro semestre, ainda de acordo com o Cofecon, que considera “grave” a situação do mercado de trabalho na primeira metade de 2015.
A piora no mercado de trabalho reflete “um conjunto de medidas de política econômica que está levando o país à recessão”, em especial “os sete aumentos consecutivos da taxa de juros Selic, recentemente elevada para 14,25% ao ano“, ressalta o Cofecon.
A entidade afirma ainda que juros altos reduzem o ritmo da atividade econômica e, consequentemente, a geração de empregos.
Além da redução da taxa de juros, o Cofecon diz que a retomada da geração de empregos depende de ações com foco no longo prazo, incluindo a melhoria da infraestrutura, a simplificação tributária, a redução da burocracia, incentivos à ciência, tecnologia e inovação, entre outros.
O Programa de Proteção ao Emprego lançado pelo governo que prevê redução de salário e jornada de trabalho foi considerado pela entidade como uma medida “paliativa”.
Fonte: Opinião & Notícia
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